Em 2010, Sandro Dalpícolo lançou um livro pra contar a história dos 50 anos da Sociedade Rádio e Emissora Paranaense, Canal 12: "Uma Nova Luz na Sala - Histórias da TV Paranaense." Antes de editor-chefe e de apresentador, Sandro foi (e é!) repórter. E ele deixou isso bem claro na apresentação da obra: "A opção por uma narrativa semelhante a de uma reportagem de TV também foi uma escolha natural. Eu não saberia fazer de outra forma."
Com total falta de bom senso (e sem ter o mínimo de clarividência...) patrões e bu(r)rocratas apagaram essa luz. Simplesmente abriram mão do mais respeitado e qualificado jornalista da televisão do Paraná. Em troca de alguma "economia"? Perda de prestígio e a destruição da imagem (sem trocadilho...) custam muito mais caro para uma emissora de TV do que um salário que algum barão da imprensa possa considerar "alto demais"... Para alguns, custa "caro" manter profissionais experientes/qualificados. Mas o retorno que esses profissionais trazem para a empresa, aí ninguém lembra, né?
Empresários estão mais preocupados em servir ao Deus Mamom. Pessoas que pensam apenas em riqueza material e cobiça. Mas, felizmente, existem aqueles que se preocupam com o humanismo e têm senso humanitário. São os amigos do Sandro.
Amigos, colegas, telespectadores, se manifestaram em solidariedade ao jornalista. As maneiras como definiram Sandro foram retiradas de mensagens sobre a demissão dele. Foram centenas de recados. Algumas qualidades se repetiram dezenas de vezes.
Dá pra dizer que é quase o "Abecedário da Amizade":
Amigo, amado, abençoado, alegre.
Brilhante, baita, bom.
Camarada, carinhoso, carismático, caro, competente, cordial, criativo.
Dedicado.
Educado, entusiasmado, especial, ético, excelente.
Franco, firme.
Generoso, gentil, gigante, grande.
Humano, humilde.
Ídolo, iluminado, íntegro, incrível, inspirador, irmão.
Justo.
Leal, legal, lorde.
Maravilhoso, melhor, mestre, monstro.
Nobre.
Ótimo.
Paciente, parceiro, professor, profissional.
Querido.
Referência, respeitado.
Sábio, sério, sorridente.
Talentoso, tolerante.
Ultracorreto, único.
Valioso, valoroso, verdadeiro.
No dia 27 de setembro de 2020, o blog Bora Pensar! publicou o texto:
"Os 70 anos da televisão brasileira: Capítulo do Paraná". No artigo estavam relacionadas as dez pessoas que consideramos as mais importantes da TV no estado. E quem ocupou a primeira colocação? Sandro Dalpícolo. Sobre ele, escrevemos:
"Ele também já fez de tudo um pouco na vida de jornalista. Seu grande barato sempre foram as reportagens bem produzidas, bem apuradas. Aquele rigor com a informação e a qualidade do texto. Repórter e apresentador. Vai do esporte à política, passando pela economia, educação, cultura. É o tipo do sujeito que para o que está fazendo e escuta o que alguém tem a dizer. Se a pessoa tem um problema, com certeza ele vai procurar ajudar como puder. Nem que seja com uma palavra amiga, um conselho ou um abraço. Competência e carisma levaram Sandro ao mais alto posto que um apresentador de televisão pode alcançar no país: a apresentação do Jornal Nacional. Foi - e está indo longe - esse menino nascido em Ribeirão Preto, São Paulo, em 1963. Ainda jovem, trocou o interior paulista pelo interior paranaense e "virou pé-vermelho" em Londrina. Da "capital mundial do café" para a capital paranaense. Hoje Sandro está naquela luz que brilha à noite na casa de muitos paranaenses."
Apagaram uma luz. Mas o talento do Sandro vai continuar brilhando. Essa luz ninguém apaga!
