quinta-feira, 25 de agosto de 2022

PARABÉNS, GLOBO! IMPARCIALIDADE A GENTE VÊ POR AQUI!





       A TV Globo distribuiu uma "cartilha" para os seus (dela) funcionários proibindo manifestações políticas nas eleições: Não pode manifestar apoio a candidatos ou a partidos políticos dentro da emissora, em programas ou em quaisquer situações em que o nome ou produtos identifiquem a TV. 
    O grupo da família Marinho justifica:
    "[É uma] posição de neutralidade e isenção, A Globo reitera que não apoia qualquer candidato e que, em questões eleitorais, se limita a realizar a cobertura jornalística das eleições".
    E mais: "Não são permitidas manifestações de apoio a partido ou candidato em propagandas eleitorais no rádio e na televisão. Essas regras são essenciais para que não seja comprometida a percepção do público sobre a isenção da empresa.  Aos jornalistas, no entanto, pela natureza da função, são vedadas manifestações de apoio eleitoral em quaisquer instâncias".
    É importante fazer esse "chamamento" pra trazer as pessoas para a realidade. É uma demonstração da imparcialidade histórica que a emissora sobre adotou como um dos seus princípios. Sem apoiar este ou aquele candidato/partido ou mesmo manifestação.
    Vamos à história:
    Em 1964, O Globo mostrou total isenção quando do Golpe Militar que implantou a ditadura. Mais: Fez campanha em defesa da democracia!
    Em 1984, a TV Globo não escondeu a campanha pelas Diretas Já para presidente. Fez questão de mostrar desde o primeiro comício.
    Em 1989, foi totalmente isenta na disputa Lula x Collor e deu uma aula de jornalismo na edição do debate entre os dois candidatos.
    Em 2014 (e pelos anos seguintes de duração da operação) fez uma cobertura imparcial da Lava Jato. Não apoiou. Não "endeusou" o então juiz Sergio Moro (agora considerado suspeito pelo STF). Repórteres, apresentadores e comentaristas não "vestiram a camisa" da Lava Jato. Mantiveram o esperado distanciamento dos fatos...
    Em 2016, quando vazou o grampo (ilegal) da conversa Dilma-Lula, foi firme em garantir apenas a divulgação dos fatos, sem fazer sensacionalismo.
    Ainda em 2016, fez um trabalho brilhante de reportagem na cobertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff  (afastada sem crime de responsabilidade), garantindo a ex-presidente o mesmo espaço de defesa que tiveram aqueles que a atacaram...
    Em 2018 quando Lula foi preso, a emissora fez um trabalho excepcional de isenção para divulgar a notícia. Não assumiu "um lado". Deu direito à ampla defesa nos telejornais para o petista afirmar sua (dele) inocência.
    Mesma coisa aconteceu quando da soltura dele (580 dias depois...) dando o mesmo espaço para informar que o ex-presidente foi considerado inocente (e teve seus direitos políticos recuperados).
     Sobre a Lava Jato, esqueça aquele negócio de "propinoduto" (é bobagem) no cenário. Se a reportagem tinha 5 minutos de duração (com denúncias e acusações) os acusados tinham o mesmo tempo para a defesa. Nada de apenas uma notinha de 15 segundos dizendo que o denunciado se considerava inocente. Eles falavam. Você que pode não ter percebido. Ou ter dormido na hora do jornal...
    Por tudo isso, pelo histórico maravilhoso de isenção, imparcialidade, equanimidade, independência, neutralidade, retidão e equilíbrio, a Globo - Comunicações e Participações S/A, merece nosso respeito e os nossos...
    PARABÉNS!