JOÃO, PODE?
Sempre digo: Comentarista (com raríssimas exceções) é "torcedor com microfone na mão". Você vê que o caboclo comenta com raiva quando o time dele perde e faz "festa", o mundo é maravilhoso, quando o time dele ganha. Não existe a análise puramente técnica do que aconteceu.
Do que aconteceu e do que "vai acontecer". Depois que o jogo acaba, é fácil dizer: "Se ele tivesse colocado fulano e ciclano, fazia um quadrado no meio e dominava o jogo". Ou: "Se escala o fulaninho, 'espetava' um atacante em cada ponta e abria a defesa adversária". É o chamado "engenheiro de obra pronta". "Comentarista de ar condicionado". Depois do apito final, comentar é fácil.
Quero ver é antes do jogo o sujeito dizer: "Essa escalação não está certa. Deveria começar com tais e tais jogadores". Ainda: "A melhor tática para esse jogo seria essa, essa ou essa."
O que acontece, muitas vezes, é que "comentarista" comenta sem saber como está o time. Como o treinador prepara a equipe. "Comentarista" que não vai no campo de treino. Não conversa com jogadores nem com o técnico. Tem preguiça de fazer isso. Treino coletivo nem dá mais pra assistir porque os times não deixam. Pra "manter o segredo" da preparação. Mas isso não é desculpa para ser mal-informado.
Aí muitos viram "torcedor com microfone na mão" e "palpiteiro com microfone na mão".
PODE, JOÃO?