Valdir Peres, Leandro, Oscar, Falcão, Luizinho e Junior. Sócrates, Toninho Cerezzo, Serginho, Zico e Eder. Uma seleção que jogava "o fino da bola", como diria aquele velho radialista.
É considerado por muitos como o "melhor Brasil" das Copas. Discordo, humildemente. Pra mim, o "melhor Brasil" foi o time da Copa de 70 que vi jogar ao vivo...
Em 1982, a seleção canarinho caiu nas quartas de final. Naquela época não existiam as oitavas porque o número de seleções era menor: 24.
Aquele "esquadrão de ouro" (que era "bom no samba e bom no couro") já começou a Copa de uma forma "atravessada": Venceu a então União Soviética por 2 a 1 depois de sair perdendo com um frangaço de Valdir Peres. Com frango e tudo, a vitória foi "a duras penas"...
Ali o Brasil já começou a mostrar "a sua cara". Tinha um goleiro irregular e a moçada da linha era ótima para atacar. Até os zagueiros atacavam. Mas um time/seleção não se faz só com ataque. Precisa ter equilíbrio entre defesa, meio e ataque.
Prova disso é que a eliminação veio nas quartas naquele fatídico jogo com a Itália. Num dia inspirado de Paolo Rossi (que marcou os 3 gols da Azzurra), perdemos por 3 a 2. De nada adiantaram os gols de Sócrates e de Falcão...
Telê montou aquela equipe muito forte para atacar, dar show. Só faltou ele e os jogadores perguntarem: "Tá! Nós vamos atacar. Mas quem vai marcar os hómi?"
Uma seleção que ninguém esquece. Que era ótima para dar espetáculo, mas péssima para disputar uma Copa do Mundo.