Pensamento número 2: Ah, tá! Para o Centro da Indústria e Comércio de Bento Gonçalves, a culpa pelo trabalho escravo denunciado em vinícolas da região (Aurora, Garibaldi e Salton) é da...falta de mão de obra ("repita!") da falta de mão de obra! Para a associação de empresários, "é fundamental resguardar a idoneidade do setor vinícola, importantíssima força econômica de toda microrregião. É de entendimento que as vinícolas envolvidas no caso desconheciam as práticas da empresa prestadora do serviço sob investigação e jamais seriam coniventes com tal situação". Ainda: "É tempo de trabalhar em projetos e iniciativas que permitam suprir de forma adequada a carência de mão de obra". Dito isso, Bora lembrar que a polícia resgatou, na noite de 22 de fevereiro, 207 trabalhadores em condições degradantes. A maioria vinda da Bahia. De acordo com a denúncia, as pessoas trabalhavam das 5 da manhã às 8 da noite, folgando apenas aos sábados, se alimentando de comida estragada comprada num mercado com preços superfaturados. Eram espancadas e agredidas com choque elétrico e spray de pimenta. É o Brasil do século 21. Só por Baco...
Pensamento número 3: Na eleição dos melhores do mundo da FIFA, a orientação era pra votar no "melhor" ou no jogador do "seu país"? Pergunto isso porque o professor Adenor (popularmente conhecido com Tite), votou em Neymar como o craque do planeta. Além dos treinadores, os capitães das seleções também votaram. Thiago Silva votou, igualmente, no Menino Ney. E o que Neymar fez de extraordinário para merecer esses votos? Bora lembrar que passou parte da temporada machucado. Quando jogou (na seleção e no PSG) teve desempenho pífio. Nada que justificasse ser o escolhido. Tite e Thiago votaram em Ancelotti para melhor técnico. E cadê o voto em Scaloni, campeão do mundo? Cadê o voto em Messi? "Ah, mas eles são argentinos, não dá pra votar", poderiam dizer alguns. Ai ficou aquela "patriotada" na eleição. Patriotada ou "patriotariada"? Ah, sim! Scaloni foi eleito o melhor treinador e Messi o craque do ano da FIFA.
