PODE, FRANCIS???
Sabia que andei lendo por aí que tem empresa que gosta de praticar "jornalismo de resultados"? Aí fiquei pensando: O que seria "jornalismo de resultados"? Resultado bom para o empregado não seria, porque firmas de mídia viraram bancos (algumas literalmente...) e estão mandando embora quem tem "salário alto" ( o que seria um... "salário alto"?) ou "muito tempo de casa" (tipo: "bateu" em 15 anos, adeus!). Seria resultado bom para o caixa do negócio? Aí faz mais sentido... gente mais nova, salário baixo, faturamento maior. Dono (ainda) mais rico! Bingo! É isso!
Mas você sabe, Francis, que pra faturar mais tem que ter mais audiência. Aí que entra a outra parte do tal "jornalismo de resultados". E audiência "não brota" no chamado "people meter", ou "medidor de pessoas", ou melhor, "medidor de audiência". É preciso ralar pra conseguir uns pontinhos a mais. E a maior parte da mídia o que menos faz é jornalismo pra conseguir isso...
E por falar nisso...fui consultar um dos maiores Jornalistas (com caixa alta, mesmo!) que já pisaram no solo sagrado desse país e que já dedilharam máquinas de escrever ou teclados de computadores. Falo de Mino Carta. Em sua revista "Carta Capital" ele publicou o que é "jornalismo de resultados": O jornalismo de resultados entrega-se à sanha de conquistar leitores ou arrebatar audiência a qualquer custo. Se a notícia é quente pouco importa a apuração do fato e muito menos avaliar suas circunstâncias. Ouvir o outro lado, nem pensar. Se por descuido isso ocorre, não passa de um ritual farsesco. Esse jornalismo de resultados e seu séquito de pretensos opositores na internet são agentes do novo totalitarismo, especialistas nas proezas da manipulação, da intimidação e da censura da opinião alheia".
"Jornalismo de resultados"...
FRANCIS, PODE???
