A "democracia corintiana" sempre orgulhou a maior parte da imensa torcida alvinegra. Foi nos anos 80 que Sócrates, Casagrande e Vladimir (embalados pelo som de Rita Lee) defendiam os direitos humanos na ditadura militar. Já não temos mais entre nós Sócrates e Rita Lee. Mas a luta contra o fascismo (que deve ser de todas as torcidas) continua, companheiros!
Mas se uma torcida também é o espelho da sociedade, vemos que mesmo o "time da democracia" sofre com representantes de uma civilização atrasada, preconceituosa, homofóbica, machista...
Em 2023 (portanto já se passou quase 1/4 - ou 25% - do século 21), sujeitos que se dizem "torcedores" vão para as arquibancadas pra entoar cantos homofóbicos contra jogadores e torcedores contrários. Foi o que aconteceu nesse domingo, Dia das Mães na Arena do Corinthians na partida contra o São Paulo.
E não adiantou os avisos no telão de que preconceito, discriminação são crime.
É o tipo de infração que deveria ser punida, inclusive, com "cartão vermelho" e "penalidade máxima", ou seja, cadeia.
Não adianta ficar só reclamando que torcedores argentinos são preconceituosos contra a gente se, em nossos estádios, agimos da mesma maneira, entre nós mesmos.
Para os corintianos homofóbicos, essa frase da também corintiana Rita Lee poderia ajudá-los a "tomar um rumo" na vida:
"Mude! Já que não tem jeito mesmo, abrace a mudança."
