75 anos de sexo, drogas e rock'n'roll. Provavelmente nem tudo na mesma dose, nem tudo ao mesmo tempo a vida toda. Mas ela seguiu o roteiro da vida de todo bom roqueiro ou roqueira. Largou o palco da vida porque um câncer de pulmão (diagnosticado em 2021) insistiu em ficar até o fim.
A vida de Rita Lee Jones de Carvalho sempre foi uma festa. Afinal, nasceu num 31 de dezembro na cidade de São Paulo. Acho que não há pessoa "mais" paulistana do que a "tia Rita". Pensando bem, há: Adoniran Barbosa. Os dois, da música. Orra, meu!
A nossa "rainha do rock" vendeu a impressionante quantidade de 55 milhões de discos. Tudo começou nos anos 60 com a banda "Mutantes". Depois veio o "Tutti Frutti". Fez parceria com o guitarrista Roberto de Carvalho. Parceiro na música e na vida. Foram casados e tiveram 3 filhos.
Rita não viveu só de rock. Também passou pela psicodelia, pop, disco, new wave, eletrônica, MPB e Bossa Nova. E a artista perguntava: "Ai, meu Deus, o que foi que aconteceu com a música popular brasileira." Ela "Arrombou a Festa!"
Compositora de muitos 'hits", emendou um sucesso atrás do outro. Entre tantos: "Ovelha Negra", "Baila Comigo", "Desculpe o Auê", "Flagra", "Doce Vampiro", "Lança Perfume", "Agora Só Falta Você", "Mania de Você", "Amor e Sexo", "Reza", "Menino Bonito" , "Banho de Espuma" e "Saúde". "Quero mais Saúde!"
Há não muito tempo comentou sobre o que aconteceria quando morresse. Como sempre, irreverente, irônica:
"Posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá. Fãs, esses sinceros, empunharão meus discos e entoarão 'Ovelha Negra'. As TV's já devem ter na manga um resumo da minha trajetória. Nas redes virtuais, alguns dirão: 'Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, KKK' ".
Também deixou a frase que desejava no epitáfio...
