quinta-feira, 20 de julho de 2023

BONEQUINHA DE LUXO: BARBIE SÓ PARA MAIORES (DE 12 ANOS)

   


     O mundo parece não ser bastante para divulgar/falar/comentar/elogiar/criticar uma personagem que foi criada exatamente no dia 9 de março de 1959 pela empresária americana Ruth Handler (1916-2002). Ela e o marido Elliot eram fundadores da empresa Mattel que passou a produzir o brinquedo. 
    Ruth teve a ideia de fazer uma boneca adulta já que a boneca com a qual a filha deles, Barbara (e outras crianças) brincavam eram infantis. Aliás... o nome Barbie (diminuitivo de Barbara) é em homenagem à filha dela. Junto com a boneca veio uma avalanche de acessórios e roupas para manter o produto no interesse das crianças. E, claro, numa belíssima jogada de marketing, ela passou a ter várias "profissões": Barbie médica, advogada, professora, engenheira, arquiteta, jornalista etc.
    A bonequinha, que representa muito bem a sociedade de consumo americana, também foi para as telinhas com desenhos animados e filmes de animação representando o brinquedo.
    E em 2023, para alegria, furor e (também!) horror de muita gente, veio o filme "Barbie" com Margot Robbie. O eterno namorado, Ken, é representado por Ryan Gosling. A direção é de Greta Gerwig. Ela já comandou filmes muito bem avaliados pela crítica, como "Lady Bird" (2017) e "Adoráveis Mulheres" (2019).
    E o filme não é brincadeira. Tanto nos EUA quanto no Brasil, "Barbie" recebeu censura 12 anos. Por alguns motivos: Há palavrões como "puta" e "filho da puta". Ainda: Barbie e Ken sabem que não têm genitálias. Um homem passa a mão na bunda de Barbie. Patriarcado e papel dos gêneros na sociedade também são temas complicados para a criançada compreender.
    O povo nas redes sociais (mesmo antes de assistir ao filme) também tem dificuldade em entender se é bom ou se é ruim. Muitos vão no embalo do "fator alienante" que a boneca pode trazer por representar esse mundo de consumo, fantasia e falsidade. Aí, dá-lhe crítica, "descem o porrete" em elucubrações filosóficas e de preferências: "preferia brincar com a Susi".
    Mas na ficção, o mundo de Barbie é a "Barbielândia". A banda dinamarquesa Aqua lançou, já no longiquo 1997, a música "Barbie Girl":
    "I'm a Barbie girl, in a Barbie world... life in plastic, it's fantastic".

(fonte: Youtube)