Narges Mohammadi, 51 anos, jornalista e ativista iraniana, defende o básico e lógico em qualquer civilização que se diz humana: A paz só é possível se homens e mulheres tiverem direitos iguais. Ela é vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos - DHRC.
E justamente por defender a vida é que está presa em Teerã: Em 2016 foi condenada a 16 anos de prisão por dirigir um movimento de direitos humanos que faz campanha pela abolição da pena de morte. Por seu trabalho, em 2022 entrou na lista da BBC das 100 mulheres para inspiradoras do mundo.
Além de jornalista, também é engenheira e física. Essa não é a primeira vez que ela foi detida. A história de prisões vem desde os anos 90. Foi condenadas 5 vezes, detida 13 vezes, um total de 31 anos de cárcere e sentenciada a 154 chibatadas.
O Nobel da Paz é uma pressão dos organizadores do prêmio e de representantes de direitos humanos para que Narges seja libertada. Para a ONU, ela é "uma inspiração para as mulheres de todo o mundo". Para o Comitê que a premiou, "Mohammadi luta contra a opressão das mulheres do Irã".
Da prisão, Narges conseguiu mandar um artigo para o jornal The New York Times que diz: "Quanto mais de nós eles prendem, mais fortes nos tornamos".
Que a força esteja com Nagres Mohammadi, fonte de inspiração, também, para reportagens, livros e filmes.
