Durante a campanha (tudo se diz, "tudo se pode" durante uma campanha...) ele chamou o presidente Lula (PT) de "comunista furioso", "ladrão" e "ex-presidiário". Claro que, "abastecido de informações" pelo Clã Bolsonaro que o apoiou para a Presidência da Argentina. Javier Milei - também simpático ao armamento da população - não larga do cano da arma do Dudu Bananinha.
Devido à proximidade com o Clã, ele convidou Bozo para a posse dia 10 de dezembro.
Agora que a temperatura pré-eleição baixou - e eleito com 55,6% dos votos - Milei "bajó la pelota" (será?) e afirmou à uma TV argentina: "Se Lula quiser vir à minha posse será bem-vindo. Ele é o presidente do Brasil!"
Lula ainda não confirmou se vai. Quem sabe mande o vice, Geraldo Alckmin, representá-lo. Ou quem sabe o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Por falar em diplomacia, o ex-embaixador do Brasil na Argentina (governo FHC), Marcos Azambuja, disse, ao UOl, que a ida de Lula "seria embaraçosa" por tudo o que Milei disse sobre o petista:
"Acho que não há quadro político para que ele (Lula) esteja lá. Ele foi (alvo) de críticas que o presidente (eleito) argentino tem todo o direito de fazer, embora eu prefira que elas não aconteçam. [...] Diplomacia é feita para evitar momentos constrangedores."
Ao "chamar" Lula para a festa, o "perro loco" estaria tentando atrair Lula para uma "cilada", nesse sentido do constrangimento? Ou algo na "linha da bondade": "Viu, até fiz uma concessão a ele!"
Não ir não será o fim do mundo. Mas se Lula decidir comparecer até dá pra entender. Pelas questões diplomáticas muita coisa é feita.
