Em dezembro de 2020, a Argentina do Papa Francisco e do agora presidente ultraconservador Javier Milei, aprovou a lei do aborto. Isso depois de uma grande mobilização nacional, principalmente das mulheres.
No país vizinho, mulheres podem abortar até a décima quarta semana de gestação, sem que seja obrigatório explicar o motivo da decisão. A interrupção da gravidez também é autorizada em casos de estupro ou de risco para a vida da mulher ou para a saúde da mulher.
A lei entrou em vigor em 2021 e foi aprovada por 131 votos a favor, 117 contrários e 6 abstenções na Câmara dos Deputados. No Senado foram : 38 a favor; 29 contra; e 1 abstenção.
Agora, os parlamentares tão ultraconservadores quanto o presidente deles, querem revogar a legalização do aborto. Já fizeram até projeto para isso. A sociedade argentina, que é muito politizada, vai ter de se manifestar de novo...
Aqui no Brasil a "lei" - chamada de PL do Estupro - quer, de uma forma absurda, criminalizar a mulher estuprada que desejar interromper a gravidez resultado resultado de um crime.
Ou seja, a vítima é criminosa e o criminoso é "vítima".
Brasileiras e brasileiros começam a se manifestar, por enquanto de forma "tímida" nas ruas. Mas é hora de seguir os passos do povo da Argentina que lotou ruas e praças pra defender o direito da mulher sobre o seu próprio corpo quando é vítima de violência.