Num trabalho conjunto da Auditoria da Controladoria-Geral da União com a Polícia Federal, foi descoberto um roubo de 6,3 bilhões de reais de aposentados. Oficialmente chamado de "desconto indevido" no contracheque de beneficiários do INSS. Segundo apuração da agência Estado, indígenas isolados, idosos e doentes são as principais vítimas desse golpe.
Associações e sindicatos suspeitos são investigados. Ontem, na Câmara dos Deputados, o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), admitiu que "foi um erro" nomear Alessandro Stefanutti para a presidência do INSS em 2023. Mas ponderou: "A gente acerta e erra". Também procurou sair pelo acostamento: "Há irregularidades há anos no INSS". Defendeu medidas contra fraudes com auditorias internas e demissões.
Por falar em demissão... Lula já enfrenta muita pressão para demitir Lupi. Será que vai pedir para o ministro pedir demissão? A gente conhece o histórico de relacionamentos do presidente: Ele resiste muito para afastar um colaborador. Às vezes leva um ano (ou mais!) pra fazer isso. Só que, agora, tempo é o que ele não tem! Vai ter de dar, logo, uma resposta para a sociedade. Porque, daqui a um pouco mais de um ano, vai ter eleição. E carregar nas costas o comandante da Previdência até lá vai ser um peso político muito grande.
Lula está com dois problemas políticos: Se não demitir, a extrema-direita vai ficar batendo nele dizendo que tem alguém no ministério que não consegue enfrentar a corrupção na área. Se demitir, com certeza o PDT (partido que Carlos Lupi controla) vai para a oposição ou ficará "independente".
Luís Inácio terá que entender qual decisão será a menos pior politicamente falando.
Experiência e competência pra isso ele tem.