Sebastião Salgado estava com 81 anos e morreu, nessa sexta-feira, em Paris. Ele morava na cidade com a mulher, Lélia e o filho Rodrigo. A causa da morte não foi divulgada, mas sabe-se que ele tinha problemas de saúde desde a década de 1990 quando teve malária.
É considerado um dos maiores fotógrafos do planeta. Era um artista que retratava, principalmente, trabalhadores, pessoas pobres, indígenas e a natureza com suas belezas e problemas.
Mineiro, nasceu em Aimorés em 8 de fevereiro de 1944. Apesar de ter se tornado um fotojornalista reconhecido internacionalmente, a formação acadêmica dele é bem diferente: Formou-se em Economia pela Universidade Federal do Espírito Santo. Fez mestrado na Universidade de São Paulo e doutorado na Universidade de Paris. As suas graduações também em Economia.
O interesse pela fotografia surgiu por causa de uma viagem de trabalho. Na década de 1970 era secretário da Organização Internacional do Café. Numa ida à África, fez sua primeira sessão de fotos usando a câmera Leica da mulher dele. A partir daí, não parou mais e começou a trabalhar para grandes agências como Sygma, Gamma e Magnum.
Em 1994 fundou a própria agência de notícias: "As Imagens da Amazônia".
Já esteve retratando em mais de 120 países. Sempre preferiu trabalhar com filme em preto e branco. Percorreu o planeta para registrar povos e as riquezas naturais. O olhar humanitário focava, através das lentes, a dignidade dos povos e era um alerta e um protesto contra a miséria e a violação dos direitos humanos.
Sebastião Salgado era Embaixador da Boa Vontade do Unicef; era membro da Academia de Belas- Artes de Paris e membro honorário estrangeiro da Academia de Artes e Ciências dos Estados Unidos.
A mulher dele, Lélia Deluiz Wanick é pianista. Eles tiveram 2 filhos: Rodrigo e Juliano que é cineasta e dirigiu, com o também cineasta Wim Wenders, um documentário sobre a obra de Salgado: O Sal da Terra, indicado ao Oscar em 2015.
Alguns trabalhos dele...