Assim como qualquer droga "lícita" ou "ilícita" (droga é droga em qualquer parte...), as bets também viciam. Ou seja, são drogas. São drogas no sentido do vício (gravíssimo) e no sentido de serem uma porcaria...
De acordo com pesquisa da Abmes (Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior) e divulgada pelo UOL, 34% dos jovens brasileiros adiaram a entrada na universidade por causa de gastos com esses cassinos eletrônicos. Segundo o levantamento, duas regiões estão com problema maior: No Nordeste, 44% afirmaram que não ingressaram na graduação por causa dessas apostas. No Sudeste foram 41%.
A situação é pior entre os pobres (classes D e E) com renda familiar em média de R$ 1.000,00 : 43%. Na classe A (renda em torno de R$ 26 mil), portanto classe média, o resultado é de 22%.
E QUEM JÁ ESTÁ NA FACULDADE?
Problema parecido: Por causa desse jogo maldito, 14% informaram que já atrasaram mensalidades ou trancaram a matrícula. A maioria dos jovens informou que aposta de uma a três vezes por semana.
E o número de apostadores aumenta: Em 2024, 30,8% dos entrevistados disseram que fazem esse tipo de jogo. Em 2025, o percentual saltou para 45,3%. Gasto médio de R$ 350,00 por pessoa.
GAROTOS OU GAROTAS-PROPAGANDAS
"Influenciadores(as)", "jornalistas", "artistas" e "boleiros" fazem propaganda para as BETS e , em troca de cachês milionários, dizem absurdos para "justificar" fazer publicidade desse vício que compromete o futuro de jovens e destrói famílias: "Ah, mas é legalizado!" .... "Ah, mas é só diversão!".
E não adianta ficar dizendo "jogue com responsabilidade". Afirmar isso é o mesmo que falar para um alcoólatra "beber pouca pinga" ou um viciado em cocaína "cheirar pouco pó".
A pesquisa da Abmes foi realizada em conjunto com a Educa Insights e ouviu 11.762 pessoas de 18 a 35 anos entre os dias 20 e 24 de março desse ano.