Políticos (de situação e de oposição, de extrema direita e até de esquerda) e "analistas" que vivem em Nárnia, se saíram com essa(s): "Ah, mas ele não respeita a autonomia dos poderes"... "ah, mas ele quer uma autoblindagem"... "ah, mas ele quer que os ministros da corte sejam intocáveis..." .
Gilmar Mendes nada mais fez do que preservar a independência da Justiça. Ele não proibiu que os ministros da Suprema Corte sejam afastados. Mas estabeleceu limites. Por exemplo: Só a PGR pode fazer o pedido de abertura de impeachment. Do jeito que a lei está (que tem 70 anos!) qualquer ("repita!") qualquer pessoa que esteja passando em frente à corte e que não goste de um integrante ("usa peruca", "não tem cabelo", "não é simpático", "é muito velho", "torce para outro time") pode pedir o afastamento do vivente..
Exageros à parte... óbvio que é um absurdo todo cidadão ter esse direito. Um pedido assim precisa ser muito bem embasado tecnicamente, juridicamente, por quem manja do riscado. E não politicamente.
E a questão que se levantou foi justamente essa: O não uso político para "impeachmar" juízes.
E é justamente isso que os políticos da extrema direita querem (sempre quiseram fazer). Lembra quando o Bananinha disse uma vez: "Para fechar o STF basta um cabo e um soldado!". O papi dele, Bozo (PL), agora presidiário e inelegível, num comício, na Paulista, em plenos pulmões, aos berros, afirmou: "Não vou respeitar as determinações do senhor Alexandre de Moraes!"
Mais: O Clã e a extrema direita sonham em eleger a maioria na Câmara e no Senado, em 2026 justamente para isso. E já deixaram bem claro: Se conseguirem a maioria no Congresso querem interferir na Suprema Corte.
Bora lembrar que o STF já está sob ataque político: Bananinha mexeu os pauzinhos nos EUA e Donald Duck Tramp mandou a lei Magnitsky em cima do Xandão.
Não dava pra ficar quieto, né? Gilmar se antecipou a 2026 e estabeleceu limites para o afastamento dos ministros da Suprema Corte.
