quinta-feira, 21 de março de 2019

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: DIFERENÇA ENTRE POLICIAS E MILITARES PODE VIRAR "RISCA FACA"

    Sim! Como previsto, a reforma da Previdência "dá mais mole" para os representantes das Forças Armadas... e, como sempre, quem está na "parte mais alta da pirâmide", vai se dar melhor. Quanto mais graduado for o militar, mais ele vai ganhar. E a tropa? "Bucha de canhão"!
    Toda essa "bondade" do Guédixxxx e equipe com certeza vai deixar policiais e bombeiros "P. da vida". Afinal, quem toma tiro todo dia de bandido ou arrisca a vida apagando incêndio, não vai ter uma regra de transição tão generosa.
    Veja a análise de Fernando Brito no "Tijolaço":

"Como era de esperar, a proposta previdenciária para os militares traz mais danos à tramitação da  reforma da Previdência que benefícios para as contas públicas.
É que aquilo que será exigido a mais em tempo de serviço e em contribuição para a aposentadoria é totalmente coberto pelo aumento das gratificações pagas aos integrantes das Forças Armadas, em especial aos oficiais graduados, que receberam parcelas muito mais generosas que a tropa em matéria de representação, adicional por cursos e o criado “adicional de disponibilidade militar”, cujos índices variam de acordo com a patente.
A “economia” de R$ 10 bilhões em 10 anos é originária, essencialmente, da redução proposta do efetivo militar brasileiro: 10% em 10 anos. Calculada pelo termo médio (5% a menos de efetivo) sobre os  cerca de R$ 24 bilhões da folha de ativos atual, isso dá R$ 12 bilhões em uma década, mais que a alegada economia das medidas propostas hoje.
Há outros pontos que vão gerar disputa com os funcionários civis: alíquotas menores que as deles para vencimentos iguais, regras de transição extremamente mais generosas e a ausência de idade mínima, que, mesmo com os 35 anos de serviço, permitirá a militares se aposentarem aos 52 anos de idade (17 anos de idade mínima para a entrada nas escolas de cadetes, contando para somar os 35 anos).
Mas nada será comparável à irritação dos policiais e bombeiros militares dos Estados, que “ganham” as novas exigências para se aposentarem mas não recebem um tostão das vantagens concedidas às Forças Armadas.
O próprio Ministério da Economia estima que R$ 52 bilhões deixarão de ser pagos aos militares estaduais, por conta da mudança de regras.  Como são, hoje, 500 mil em todo o país, o resultado é uma perda superior de R$ 100 mil por cabeça, em média,  em uma década ou pouco maior que R$ 10 mil por ano.
É por isso que até no PSL de Bolsonaro as reações são negativas. E a razão de ter sido dito aqui que a medida desagradaria a “gregos e goianos”.
Na situação em que está hoje, o governo não conseguiria aprovar nenhum dos dois projetos , nem o dos civis, nem o dos militares.
E não há sinal no horizonte de que isso esteja mudando."


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