E é um CORONEL que comanda os milicianos daquela área da queda dos apartamentos. A (nova) tragédia carioca mostrou que os bombeiros tiveram que "negociar" (pedir) pra entrar no lugar pra socorrer as vítimas. Isso é o fim do mundo? Não, não é! É a Comunidade da Muzema. Lá, os bandidos da milícia são "empreendedores": Eles constroem e vendem prédios. Ou seja, fazem o trabalho de "incorporadores" e de "corretores" de imóveis.
Sim, a clientela é formada por pessoas pobres. Povo que, mesmo sabendo que é tudo ilegal, compra assim mesmo, pra ter um teto "pra chamar de seu". Onde falta o poder público (pra levar moradia...) tem a milícia pra fazer o serviço "assistencial" aos humildes.
Aquele que se diz "poder público", no caso, o prefeito, afirma que "não pode fazer nada": Diz que já multou, já tentou embargar as obras, mas não conseguiu. Que "poder" é esse? E onde está o governo do estado? O Ministério Público? As polícias que rimam com milícias?
Uma pergunta que também repórter nenhum faz: se são obras irregulares, sem engenheiro responsável, sem as mínimas condições de segurança, como é que esses apartamentos recebem LUZ e ÁGUA?
Em construção fora da lei, como é possível levar esses serviços?
Mais um agravante: as obras foram feitas em ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL. Os órgãos que fiscalizam esses lugares não fizeram nada? Se tentaram fazer, se tentaram embargar, por que essa ação não foi em frente?
Claro que os milicianos se aproveitam do "desespero" da população que não tem um teto pra morar e oferecem uma "alternativa": casas mais baratas, sem intermediários, sem burocracia, sem custo bancário.
É a triste conclusão. Usando um bordão batidíssimo pela imprensa, "o sonho da moradia que vira pesadelo". Ou... esse é o programa "Minha Casa, Meu Fim da Vida".
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