NETO: "QUANDO O PETRAGLIA MANDOU A REPÓRTER CALAR A BOCA, TODOS OS JORNALISTAS DEVERIAM IR EMBORA!"

    A falta de educação de Mário Celso Petraglia (o "homem forte" do Athletico Paranaense), que mandou a repórter Luana Kaseker (da 'Gazeta do Povo") calar a boca, causou indignação no ex-jogador Neto, hoje apresentador da BAND. Neto disse o seguinte, ao vivo: 

    "A minha indignação é para os jornalistas que estavam lá... tudo pipoqueiro...Sabe por quê? Porque vocês são tudo contra ex-jogadores que apresentam programa, que comentam... e numa hora dessas, o que vocês tinham que fazer? Levanta todo mundo e vai embora...É a falta de respeito com a jornalista...e aí se é mulher, se é homem, se é gay, se é hétero... não me importa a opção sexual de ninguém...o que é pior, é que os outros continuem entrevistando ele...todo mundo tinha que ter levantado e dito: 'ah, o senhor tratou ela mal, proibindo de fazer pergunta...'  Que que tá proibido? Que ditadura é essa? Que negócio é esse, meu irmão? Mas ninguém briga, né? Maltratou uma profissional decente, e ela foi educada e fez as perguntas que tinha que fazer...não responde se não quiser...Pra mim, vocês todos que estavam na sala, são piores do que o Petraglia, sabe por que? Porque vocês não foram à favor da menina... vocês não poderiam ter continuado a entrevista..."

     O sindicato dos jornalistas profissionais do Paraná divulgou uma nota afirmando que Petraglia "humilhou e hostilizou" a repórter. Também destacou que:

    "A falta de respeito com profissionais da imprensa se tornou corriqueira, mas é lamentável e inaceitável. Impedir jornalistas de trabalhar por não gostar das perguntas feitas viola o livre exercício profissional.(...) Casos de violência contra jornalistas vêm crescendo muito no Brasil, especialmente quando existem mulheres trabalhando na cobertura esportiva. O setor está entre os que mais registram situações de intimidação, assédio, machismo e agressão. Não podemos permitir que isso continue acontecendo".

    Petraglia ficou nervoso porque ele queria falar só sobre dopping e a repórter fez uma pergunta sobre a dívida de 400 milhões de reais da construção da Arena da Baixada.