De acordo com o economista, vão ser retirados 17 bilhões de reais da economia. Ainda: O 1% mais rico da população vai ficar tranquilão. De acordo com a proposta do governo, explica Rossi, as mudanças no abono salarial vão reduzir, em média, 5,7% da renda anual de 24 milhões de trabalhadores que ganham entre 1 e 2 salários mínimos. Isso, claro, aumentaria ainda mais a desigualdade social. Povo com menos dinheiro no bolso, menos consumo. Indústria e comércio ficaram numa situação (ainda mais...) ruim.
Ainda segundo o economista, "o problema está no teto de gastos, com as limitações fiscais da Emenda Constitucional 95, que reduz gasto público em 20 anos". Quer dizer, menos grana para programas sociais. Daí o empobrecimento.
Falar em "programa social", o que dizer, então de "justiça social"? Para a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Luciana de Barros, a mudança proposta pelo presidente Bolsonaro para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), vai causar um grande impacto na vida dos mais pobres. Hoje, o valor do benefício é de 998 reais (um salário mínimo). A ideia do governo é reduzir essa quantia para 400 reais para quem tem 60 anos e só chegar ao valor do salário mínimo quando a pessoa completar 70 anos.
Ou seja, em muitos casos quando já estiver morta.
PEDRO ROSSI, ECONOMISTA E PROFESSOR DA UNICAMP
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