quarta-feira, 22 de maio de 2019

REFORMA DA PREVIDÊNCIA VAI RETIRAR 17 BILHÕES DE REAIS DA ECONOMIA

    Aposto um iogurte de mirtilo como você não viu essa notícia em nenhum telejornal nem nos jornais impressos da grande mídia conversadora. Poizintão....em participação na comissão especial da Câmara Federal que analisa a PEC da reforma da Previdência, o economista da Unicamp, professor Pedro Rossi, fez uma previsão "sombria".... segundo ele, a reforma atinge em cheio a renda dos mais pobres - ao contrário do que diz o governo (sobre o pretexto de combater privilégios).
    De acordo com o economista, vão ser retirados 17 bilhões de reais da economia. Ainda: O 1% mais rico da população vai ficar tranquilão. De acordo com a proposta do governo, explica Rossi, as mudanças no abono salarial vão reduzir, em média, 5,7% da renda anual de 24 milhões de trabalhadores que ganham entre 1 e 2 salários mínimos. Isso, claro, aumentaria ainda mais a desigualdade social. Povo com menos dinheiro no bolso, menos  consumo. Indústria e comércio ficaram numa situação (ainda mais...) ruim.
   Ainda segundo o economista, "o problema está no teto de gastos, com as limitações fiscais da Emenda Constitucional 95, que reduz gasto público em 20 anos". Quer dizer, menos grana para programas sociais. Daí o empobrecimento.
    Falar em "programa social", o que dizer, então de "justiça social"? Para a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Luciana de Barros, a mudança proposta pelo presidente Bolsonaro para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), vai causar um grande impacto na vida dos mais pobres. Hoje, o valor do benefício é de 998 reais (um salário mínimo). A ideia do governo é reduzir essa quantia para 400 reais para quem tem 60 anos e só chegar ao valor do salário mínimo quando a pessoa completar 70 anos.
    Ou seja, em muitos casos quando já estiver morta.


PEDRO ROSSI, ECONOMISTA E PROFESSOR DA UNICAMP






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