"JUDY": EM ALGUM LUGAR ALÉM DO ARCO-ÍRIS...SÓ COM RIVROTRIL!

 

    Com "Judy" é só....ladeira abaixo! O filme começa em baixo astral, segue assim no "miolo"e não termina muito bem....calma! Não vou dizer se ela morre ou não! Mas... a produção se concentra no fim da carreira da menina-prodígio Judy Garlant. Aí tome calmante! Em doses industriais, de baciada. Claro que tanto remédio vem  acompanhado com muita bebida alcoólica (principalmente gin tônica), afinal, ninguém é de ferro. E quase não há aquele "respiro"na tensão. É 220 volts com fio desencapado o tempo todo!

    A ideia do filme é realmente essa: mostrar a etapa derradeira da vida da estrela de Hollywood: Em Londres, em 1968, para a série final de shows em busca de uma grana a mais, já que a estrela estava quebrada. Portanto, não espere uma biografia "linear" da diva. Claro que, volta e meia, aparecem alguns "flash backs" da adolescência da cantora e atriz. Papel muito bem interpretado por Darci Shaw.

    O filme quem "carrega nas costas" é Renée Zelweger que, aos 50 anos, interpretou Judy, que morreu aos 47. Mesmo 3 anos mais velha, Renée precisou passar por sessões de maquiagem para parecer mais velha. É que Garland, mesmo com 47 anos, aparentava já quase uns 60 anos...

    Zelweger se sai bem no papel. É ela que canta (não é dublada). No musical Chicago (2002) ela já demonstrou qualidade vocal que lhe rendeu uma indicação ao Oscar. Sim! Ela se entrega de corpo e alma à Judy. A transformação impressiona. Mas não é uma interpretação "visceral". Daquela que você diz: "Nossa! Que atuação!".

    Por falar em Oscar, a entrega é nesse domingo! Renée pode ganhar pelo belo trabalho. Mas também pela falta de uma "concorrente à altura" esse ano. Gostei de Scarlett Johansson em "História de um Casamento". Também estão no páreo Charlize Theron ( "O Escândalo"); Cytia Erivo ("Harriet"); Saoirse Ronan ("Adoráveis Mulheres").

    Vamos lembrar que a Academia a-d-o-r-a atrizes e atores que "se transformam":  emagrecem (caso de Renée) ou engordam muuuiiitooo para um papel.
    E como se diz no filme: "Na vida, a chegada a um objetivo não é o mais importante; mas sim, a viagem até lá".