segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

JOAQUIM PHOENIX FAZ HISTÓRIA NO CINEMA COM "CORINGA" E NA NOITE DO OSCAR COM DISCURSO MEMORÁVEL

 

       Se "Parasita" veio pra escancarar a exploração de pobres por ricos, as desigualdades sociais, Joaquim Poenix, que teve uma interpretação magistral de Coringa (que entra para a história do cinema), fez um discurso de agradecimento pra mostrar o quanto todos nós ainda precisamos melhorar como seres humanos:
    Não me sinto acima de nenhum dos outros indicados ou de qualquer outra pessoa nesta sala. Todos nós compartilhamos o mesmo amor pelo cinema. Esse meio me deu tantas coisas extraordinárias que nem sei o que eu seria sem ele”, afirmou. “Mas acho que o maior presente que me deu, e a muitos nessa sala, é a oportunidade de usar nossa voz pelos que não têm.[...] Seja falando sobre desigualdade entre gêneros, racismo, direitos LGBTQ+ ou indígenas, direitos dos animais, estamos falando sobre lutar contra a ideia de que uma nação, uma raça, um gênero ou uma espécie tem o direito de dominar, controlar, usar e explorar outros sem impunidade. Acredito que nos desconectamos demais do mundo natural, e nos sentimos culpados por ter uma visão egocêntrica, a crença de que estamos no centro do universo.[...] Entramos no mundo natural, roubamos seus recursos. Nos sentimos no direito de inseminar artificialmente uma vaca e então roubar seu bebê quando ele nasce, mesmo que seus gritos de angústia sejam perceptíveis. E então bebemos o leite que é destinado ao bezerro e colocamos em nosso café e cereal”, argumentou. “Quando usamos amor e compaixão como nossos princípios, podemos criar, desenvolver e implementar sistemas de mudança que são benéficos para todos os seres e ao meio ambiente.[...] Fui um canalha minha vida toda. Fui egoísta, cruel às vezes, alguém difícil de trabalhar. Estou grato porque muitos aqui nessa sala me deram uma segunda chance. Acredito que estamos no nosso ápice quando apoiamos uns aos outros. Não quando nos cancelamos por erros passados, mas sim quando nos ajudamos a crescer. Educamos uns aos outros, e nos guiamos no caminho pela redenção."
    O ganhador do Oscar de Melhor Ator também lembrou do irmão dele, o ator River Phonenix, que morreu aos 23 anos em 1993:
    "Quando ele tinha 17 anos de idade, meu irmão escreveu uma música em que dizia ‘vá ao resgate com amor, e a paz o seguirá’.
    "Coringa"deu o primeiro Oscar a Joaquim Phoenix. Antes, ele já havia sido indicado por "Gladiador" (2001); "Johnny e June" (2006); e "O Mestre" (2013).
    Assista ao discurso de Phoenix com legendas em espanhol:

(fonte: "El Mundo"/YouTube)





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