segunda-feira, 9 de março de 2020

MARIELLE: COMUNIDADE NEGRA DIZ "NÃO" Á SÉRIE ANUNCIADA PELA GLOBO SOBRE VEREADORA

   
                                     

 Com estardalhaço no Fantástico (como era de se imaginar...) foi anunciada a produção/exibição de uma "série documental" sobre Marielle Franco. Mas não confunda. Pois, de uma "tacada só", o grupo Globo divulgou dois projetos envolvendo a vereadora assassinada. Um é esse "jornalístico", o documentário, que começa a ser exibido nesse 12 de março. O primeiro capítulo, aliás, é pra "fisgar" assinantes pra globoplay: Primeiro, passa no canal aberto. Aí, a sequência, toda, o caboclo tem que assinar/pagar pra poder assistir.
    O outro projeto é uma "série ficcional" comandads por ninguém menos que José Padilha, que dirigiu "Tropa de Elite" e aquela série polêmica"O Mecanismo", que teria sido "inspirada em fatos reais", mas que serviu para "enaltecer" a Lava Jato. Sobre s série, a ex-presidente Dilma Rousseff  (afastada do cargo sem crime de responsabilidade...) disse que é "mentirosa e dissimulada". Poisintão... mas esse é outro problema do diretor.
     Vamos tratar, aqui de Marielle, a "série ficcional" que deve começar a ser filmada no segundo semestre e ser exibida em 2021.  A comunidade negra não gostou nem um pouco do que já foi anunciado: A começar por Padilha, "acusado" de reproduzir comportamentos conservadores em seus trabalhos. Também o que está "pegando" é o fato de não ter pessoas negras no comando do projeto. Encabeçam a produção, 3 pessoas brancas: Além do diretor,os roteiristas Antonia Pellegrino ("Sexo e as Negas", 'Bruna Surfistinha" e "Tim Maia") e George Moura ("Amores Roubados" e "O Canto da Sereia").
    O portal "Alma Preta" reproduziu uma nota assinada por diversos profissionais negros:
    “É revoltante. No entanto, numa sociedade capitalista, não surpreende que a história de uma mulher negra seja contada a partir do ponto de vista de três pessoas brancas. A única surpresa é o fato de terem demorado tanto para anunciar o projeto, visto a sanha que têm de se apropriar dessa história há tanto tempo".
    E ainda:
   "Mas o desastre fica maior a cada detalhe. O diretor escolhido para comandar a série é o homem que deu e dá ferramentas simbólicas para a construção do fascismo e genocídio da juventude negra no país. É uma violência extrema envolver numa série sobre Marielle o autor de filmes que retrataram de forma heroica a polícia mais violenta do país".




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