Lima Duarte na época como Sinhozinho Malta e o bordão: "Tô certo ou tô errado?"
Dois vídeos de Lima Duarte têm circulado na internet: Um, de poucos dias atrás, mostra ele fazendo uma tocante homenagem ao colega Flávio Migliaccio , encontrado morto na manhã de segunda-feira. Ao lado do corpo estava um bilhete. Teria sido uma despedida. Teria sido suicídio. Homenagem tocante, emocionante de Duarte.
Outro vídeo, mais antigo (de 2015) mostra que Lima - e outros famosos, entre eles, artistas, jornalistas.... - colaboraram para a chegada da extrema direita ao poder. O ator participou (de forma indireta e direta) do processo que acabou em impeachment da ex-presidente Dilma Roussef. No citado vídeo (de 5 anos atrás), ele afirma:
"Ela não está preparada. Ela não sabe o que é isso, governar. Então, que ela seja feliz em outro canto. E nós vamos tentar achar o nosso caminho".
Bora Pensar! A gente já sabe que caminho foi achado... Mas...vamos "condenar" Lima por ser contrário ao governo popular e democrático de Dilma? Ele até parece ter se arrependido ao afirmar (no vídeo para Migliaccio) que é insuportável o "hálito putrefato de 64". Não, não é o caso de condená-lo! Cada um tem direito à opinião, às suas convicções políticas. O que se pode é discordar. Faz parte do jogo democrático (que, felizmente, a esquerda lutou muito para que ele voltasse ao país...).
O que fazemos é lamentar a escolha que o ator e tantos outros famosos fizeram à época: o caminho que acabou levando o país ao fascismo. Ao "cala a boca, jornalista!". À república do "E daí!". Ao "gabinete do ódio"...
O que um dia foi dito, não se apaga.
Como já filosofou uma vez o escritor mineiro Pedro Nava:
"Não tenho ódio. Eu tenho é memória".
