domingo, 27 de setembro de 2020

OS 70 ANOS DA TELEVISÃO BRASILEIRA: CAPÍTULO DO PARANÁ

    Nas sete décadas da televisão no Brasil, não podemos esquecer do Paraná. Aqui a TV chegou um pouquinho mais tarde, mas se tornou berço de grandes profissionais. Pessoas que nasceram nessas terras ou que adotaram o estado para viver e trabalhar. Vamos, portanto, ao TOP TEN DAS ARAUCÁRIAS!

    10. NAGIB CHEDE
          
        Ele foi o pioneiro da televisão no Paraná. Em 29 de outubro de 1960, inaugurou a televisão paranaense com a TV PARANAENSE (hoje RPC). Foi a primeira emissora. O empresário deu o "click inicial" no estado. Se hoje o Paraná é um dos principais centros televisivos do país deve muito ao pioneirismo de Chede que nasceu em 1911 e morreu em 2002.

                             


     09. SINVAL MARTINS
          
          Mineiro de nascimento, mas paranaense de coração (veio para o estado com apenas 3 anos), Sinval Martins atuou na primeira telenovela do Paraná ("A Última Carícia", 1964). Advogado, publicitário, ator de teatro, Sinval fez radionovelas antes de começar na televisão. O ator morreu em 2020, em Curitiba, aos 86 anos. Foi o primeiro galã da telinha nas Araucárias.



      08. MÁRIO VENDRAMEL
         
            Era chamado de "Sílvio Santos do Paraná" e/ou "Chacrinha do Paraná". Outro ator de radionovelas que "migrou" para a a televisão. Dá pra dizer que foi o "pioneiro" dos programas de auditório no estado. O programa "Mário Vendramel" foi apresentado nas TVs Paranaense (Canal 12) e Iguaçu (hoje Rede Massa, Canal 4). O apresentador nasceu no interior de São Paulo, em 1932, e morreu em Curitiba no ano 2000.



   07. PAULO PIMENTEL
          
     Ele criou a "Cidade da Comunicação" no bairro Mercês, em Curitiba. Foi uma espécie de "Cidadão Kane dos Pinheirais". Dono de emissoras de jornais, emissoras de rádio e de televisão. Paulista de Avaré, nascido em 1928, foi governador do Paraná, deputado federal, presidente da Copel e secretário da Agricultura. Em 2007, vendeu, por aproximadamente 70 milhões de reais, a rede de televisão para o empresário e apresentador Ratinho. Em 2011, foi a vez dos jornais: O Estado do Paraná e a Tribuna do Paraná foram vendidos para o GRPCOM. O valor não foi confirmado publicamente. Quando da venda, Pimentel afirmou: Agora pretendo 'desaquecer a cuca' e me dedicar a outras atividades, como locação de imóveis e aplicações financeiras.



      06. FRANCISCO CUNHA PEREIRA FILHO
         
         Ou "Doutor Francisco" como ficou conhecido em sua trajetória de homem de imprensa e de negócios. Junto com o sócio Edmundo Lemanski, comprou o jornal "Gazeta do Povo" e, no fim dos anos 60, a "TV Paranaense" (que era de Nagib Chede...). Com competência e bons relacionamentos políticos-empresariais, o Doutor Francisco montou o maior grupo de comunicação do estado. Emissoras de televisão, de rádio, jornais e portais de notícias. Usando sua influência, liderou algumas campanhas paranistas. A principal foi a "não divisão" do Paraná. Lideranças do oeste e do sudoeste queriam criar o "estado do Iguaçu" com parte do Paraná e de Santa Catarina. Em 1993, a lei que criaria o estado não passou em Brasília. A campanha do Doutor Francisco colaborou para manter o mapa como está. Francisco Cunha Pereira Filho nasceu em Curitiba em 1926 e morreu na capital paranaense em 2009.



      05. JAMUR JUNIOR
           
          Ele era a "cara" do "Show de Jornal" (transmitido no fim dos anos 60 e começo dos 70) considerado por muita gente como o melhor telejornal que já tivemos por essas bandas. Com naturalidade, improviso e muito bom humor, Jamur comandou a atração na TV Iguaçu. Também teve passagem pela TV Paranaense. Ele é paranaense de Guaratuba, onde nasceu em 1932.


     
04.  JOSÉ WILLE
          
            Jornalista de várias "plataformas" como se diz hoje. Wille é radialista (formou a melhor dupla da CBN Curitiba ao lado de Luiz Geraldo Mazza), produtor, repórter, apresentador, editor e editor-chefe de telejornal. Tem blogs na área de Comunicação e escreve para portais. Palestrante e professor. Tem o melhor acervo da história da comunicação no Paraná. Wille é paranaense de Mandaguari, onde nasceu em 1956.


     03. WILSON SERRA
         
            Durante 15 anos ele foi diretor de jornalismo da RPC TV (afiliada da Globo no Paraná). Deixou o cargo em 2015. Profissional de rádio, jornal e de televisão (trabalhou em jornais e em emissoras de Londrina e Maringá e também na Globo Rio). Serra modernizou o jeito de ser e de fazer telejornalismo no Paraná. Começando pelo estilo de trabalho descentralizado; passando pelo ótimo relacionamento com todos ( da "tia do café" à presidência), e pelo treinamento profissional das equipes. No período de Wilson Serra, o Jornalismo da RPC foi premiadíssimo. Ganhou, por exemplo, o Prêmio Esso. Aqui uma lembrança aos repórteres James Alberti e Gabriel Minami pelo trabalho vencedor: "Diários Secretos". Serra, um "velho homem de imprensa", mas sempre com aquele "olhar curioso" de repórter iniciante que todo jornalista deve ter.




     02. DULCINÉIA NOVAES     
   
          Ótima pessoa....ótima profissional....simpática "com Deus e o Mundo"....Algumas das definições que o povo dá para a jornalista Dulcinéia Novaes. E Dulcinéia está com o povo! Jornalista muito querida por todos os lugares por onde passa. Com a "Dul" (como é carinhosamente chamada...) não tem tempo ruim. Ela já participou de tudo quanto é telejornal e já fez de tudo quanto é tipo de reportagem. Vai do Globo Rural ao Globo Repórter. Faz reportagem e apresenta telejornais e programas. Dulcineia nasceu em Martinópolis, interior de São Paulo, mas mora há muito tempo no Paraná. Dul é o sorriso amigo e a seriedade da profissional. Ah, e ainda tem uma página na Wikipédia dedicada a ela...

                                 



    01. SANDRO DALPÍCOLO
         
            Ele também já fez de tudo um  pouco na vida de jornalista. Seu grande barato sempre foram as reportagens bem produzidas, bem apuradas. Aquele rigor com a informação e a qualidade do texto. Repórter e apresentador. Vai do esporte à política, passando pela economia, educação, cultura. É o tipo do sujeito que para o que está fazendo e escuta o que alguém tem a dizer. Se a pessoa tem um problema, com certeza ele vai procurar ajudar como puder. Nem que seja com uma palavra amiga, um conselho ou um abraço. Competência e carisma levaram Sandro ao mais alto posto que um apresentador de televisão pode alcançar no país: a apresentação do Jornal Nacional. Foi - e está indo longe - esse menino nascido em Ribeirão Preto, São Paulo, em 1963. Ainda jovem, trocou o interior paulista pelo interior paranaense e "virou pé-vermelho" em Londrina. Da "capital mundial do café" para a capital paranaense. Hoje Sandro está naquela luz que brilha à noite na casa de muitos paranaenses.