quinta-feira, 12 de novembro de 2020

QUEM MANCHOU AS MÃOS COM SANGUE NESSA PANDEMIA...

   


     Os casos de covid-19 dispararam em Curitiba, nos informa o Bem Paraná. Em outubro, a média diária de contaminação girou em torno de 280 pessoas e e o número de casos ativos da doença ficou abaixo de 4 mil. Já nesses primeiros 10 dias de novembro, a quantidade diária de infectados subiu pra 355/dia e o de casos ativos pulou pra 4.430 pessoas. Não deve ser difícil imaginar as causas, né? Não precisa ser especialista, mas vamos lá!
    Para profissionais de bacteriologia e de epidemiologia, a disparada de casos tem a ver com feriados prolongados. Foi assim no 7 de setembro, 12 de outubro e 2 de novembro. As pessoas esquecem que o coronavírus está em todo lugar, na praia, inclusive. Mas o povo não quer nem saber é na base do "Içááá´! Feriadão é pra descê a serra. Vâmo fazê fervê aquelas praia!" . Além disso, seja no litoral, no campo ou mesmo na cidade, muitos "relaxam", deixam a máscara na gaveta, "escondem" o álcool gel e aí dá nisso...
    Mas não é só! Boa lembrar que temos um tresloucado em Brasília, genocida, que "comemora" quando  a Anvisa suspende (já autorizou a retomada...) os testes com as novas vacinas contra o coronavírus. Ele é um negacionista que afirma ser o Brasil um "país de maricas", de habitantes que têm pavor da doença. Ele diz que "não há motivo" pra isso. Não? Aqui está o motivo: Segundo a Organização Mundial de Saúde (dados atualizados na manhã dessa quinta-feira, 12 de novembro), o Brasil tem 5.700.044 contaminados e 162.892 mortos.
    Mas o Messias "não está só": Boa parte da imprensa "colaborou" com essa aberração de governo e fez a pandemia se alastrar no país. A começar pelo fato de "dar voz" a esses negacionistas, terraplanistas, inimigos da ciência, que diziam que a covid era uma "gripezinha", que poderia ser enfrentada com cloroquina... Talvez por incompetência, burrice ou ingenuidade (ou tudo junto), a mídia abriu espaço pra esse povo vindo direto da Idade Média. Sob o argumento inocente de "ser imparcial", de "ouvir os dois lados", ao longo desse flagelo que atinge o planeta, testemunhamos as mais inacreditáveis versões para o mal e como combatê-lo.
    Desse governo não se pode esperar nada. Mas da imprensa a gente espera um pouco (pelo menos um pouco) de bom senso pra esquecer a "isenção jornalística" e ficar do lado da ciência, do conhecimento.