Que ele é bolsonarista, o Paraná inteiro sabe... por isso abraçou (sem largar!) a proposta do inominável de Brasília de militarizar as escolas estaduais. E o afã dele é hercúleo. Pediu pra tramitar - em regime de urgência na Assembleia Legislativa- a proposta de ampliar a possibilidade de criação de colégios cívico-militares no estado.
Mas...um pedido de "vista" da bancada de oposição adiou de hoje (quem sabe para amanhã, quarta-feira), a votação na Comissão de Educação. Mas Ratinho Junior (PSD) está tão açodado com a proposta que os deputados (que teoricamente estariam em recesso...) foram convocados para essa votação.
Para o líder do governo na A.L., deputado Hussein Bakri (PSD), relator do projeto, está "tudo certo", não precisa "retocar" nada: "A proposta não gera prejuízos e cumpre os requisitos regimentais e legais".
Já para o oposicionista deputado professor Lemos (PT), a situação não é bem assim: "a proposta amplia muito o programa e praticamente toda escola ficará passível de ser militarizada."
Para os professores, escola militarizada pode prejudicar a educação dos alunos, porque se formam cidadãos menos críticos em relação à sociedade. A redução da carga horaria de disciplinas como sociologia, filosofia e artes também faz parte desse "pacote" do governo de militarização dos colégios.
De acordo com a APP-Sindicato:
"É importante a manutenção da carga horária atual das disciplinas de Sociologia, Filosofia e Artes, haja vista sua importância para a formação integral dos/das jovens da escola pública, bem como a necessidade de assegurar condições dignas de trabalho aos docentes dessas disciplinas".