terça-feira, 6 de abril de 2021

CURITIBA E O "BANQUETE DOS MENDIGOS": SEM MULTA!

   


 A pobreza, pessoas morando nas ruas, os chamados "sem-teto", são um fenômeno mundial. Agora, com um mundo (quase) sem fronteiras, os episódios das migrações de povos em busca de "uma vida melhor" ou, pelo menos, de meios para sobreviver, é visto todo dia. Fome, portanto, é um flagelo universal.
    Só no Brasil, 19 milhões de pessoas passam fome na pandemia. Informação da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Muitas delas em Curitiba. 
    Pra se alimentar, pelo menos com o básico, esses pobres contam com a ajuda de voluntários, ONGS e da Pastoral do Povo da Rua. A solidariedade que leva um prato de comida pra matar a fome de quem não tem o que comer.
    A cidade virou notícia nacional não porque mendigos pararam de passar fome. Ou porque há moradia para todos os cidadãos independentemente de classe social. Curitiba ganhou as manchetes por causa do projeto infeliz do alcaide que previa multa pra quem desse alimento para os pobres. Valores que poderiam variar de 150 a 550 reais. Felizmente, São Francisco de Assis deve ter iluminado Rafael Greca e ele voltou atrás: Desistiu da multa.
    Não dá pra entender: A Prefeitura - em vez de ajudar - quer burocratizar a boa ação. O "fazer o bem sem olhar a quem".
    Como já dizia Betinho, "Quem tem fome tem pressa". Não pode ficar esperando que a Câmara dos Vereadores e a Prefeitura decidam de que maneira a "quentinha" vai chegar às ruas.
    "Barriga roncando" não tem tempo pra burocracia.
    Obs: A foto desse texto é uma "comemoração" dos músicos dos Rolling Stones quando eles lançaram, em 1968, o LP "Banquete dos Mendigos". O álbum trazia uma "visão socialista e proletária" mas com a ironia conhecida da banda.