A votação ainda não terminou, mas o STF já formou maioria para autorizar a proibição de cultos presenciais em igrejas e templos. A decisão é uma vitória de governadores e prefeitos. E uma derrota do presidente Messias e do representante dele, Kassio Nunes, na Suprema Corte.
Até agora a votação está assim: Contra a liberação de cultos/missas, votaram Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Carmen Lúcia. A favor dos cultos (que podem/devem causar aglomerações): Kassio Nunes e Dias Toffoli.
A ministra Carmen Lúcia definiu bem a situação, no pior momento da pandemia:
"Aglomeração é um ato de falta de fé".
E Alexandre de Moraes sapecou:
"Mesmo na Idade Média, em pandemias, os religiosos defenderam a necessidade de isolamento".
O obscurantismo religioso foi derrotado. Pelo menos por enquanto...
Agora, Bora Pensar! Nesse 8 de abril, o país bateu novo recorde do número de mortos: Em apenas 24 horas foram registradas novas 4.249 mortes.
Com esse recorde macabro sendo quebrado praticamente todo dia, precisava uma discussão como essa (abre ou não igreja/templo) chegar até o STF? Não dá pra "instâncias inferiores" decidirem isso? O Brasil tem pressa. Tem pressa de vacina, tem pressa de um auxílio emergencial decente e não aquela merreca de 150 reais....O Brasil tem pressa do bem maior: Garantir a vida.
