E aí, pensando que a saída do governador Flávio Dino do PCdoB para (uma praticamente certa) filiação ao PSB e do deputado federal Marcelo Freixo do PSOL também para o PSB mantém a esquerda "fortalecida"? Não é bem isso...o PCdoB nunca foi "comunista" assim como o PSB não é "socialista". O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade, pouca gente sabe, né?!) é quem tem uma "pegada" mais à esquerda...
Dino e Freixo devem fortalecer o que se pode chamar de "novo centro". E eles têm uma aproximação com quem para 2022? Com Luís Inácio Lula da Silva. O governador do Maranhão já declarou que Lula é o "grande condutor" dos progressistas na eleição presidencial. O petista, por sua vez, já foi ao Rio de Janeiro e "flertou" com Freixo e outros "psolistas".
Bora lembrar que Lula deixou de ser de esquerda há muitoooo tempoooo. Foi no século passado, depois do fim da ditadura militar, na primeira eleição para presidente (após a redemocratização), em 1989, que o então presidente da FIESP, Mário Amato (1918-2016 ) afirmou que "800 mil empresários deixariam o Brasil se Lula fosse eleito". Claro que era apenas um blefe do burguês. Com o tempo Lula virou o "Lulinha Paz & Amor", largou o que os patrões chamavam de "radicalismo", se elegeu presidente em 2002 e os 800 mil empresários não foram embora.
O petista também caminhou para o centro. Chegou à Presidência com um empresário ( José Alencar) como vice-presidente. Em 2021 fala que precisaria de "um novo Zé Alencar" como vice...
Ou seja, a "terceira via" de que tanto falam pode não existir. Vai ser Lula contra o Messias. O petista junta a esquerda, o centro e o centro-direita. Quem poderia imaginar que o ex-presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, expulso do DEM, afirmaria que "ajudaria Luís Inácio" no que fosse preciso em 2022?
