terça-feira, 17 de agosto de 2021

SESSÃO "CLÁSSICO É CLÁSSICO": EM "O MAR É O NOSSO TÚMULO", UMA DISPUTA DE EGOS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

   

Lancaster e Glabe numa "guerrinha particular"


    O cinema americano volta e meia mostra que os Estados Unidos nem sempre se deram bem quando o assunto é guerra. Algumas vezes a história é real. Outras, ficção. Também se mistura realidade com fantasia. É o caso de "O Mar é o Nosso Túmulo" (1958) baseado no livro do comandante Edward Beach, Jr.
    Clark Gable faz o comandante P.J. "Rich" Richardson. Burt Lancaster é o tenente Jim Bledsoe (um aspirante a comandante de submarino). A história começa em 1942, ou seja, um ano depois do ataque japonês a Pearl Harbor. O submarino de Rich é destruído por um navio do Japão numa região considerada de alto risco para os americanos. Um ano depois, e só em serviços burocráticos, o comandante descobre que mais três submarinos aliados também foram explodidos pelos soldados do país do sol nascente. Aí ele pede para o comando permissão para liderar um novo submarino e partir pra cima dos nipônicos. 
    Autorização ele tem, mas vai ter de lidar com a "ciumeira" do tenente Bledsoe que estava "prometido" para capitanear o novo submarino. Começa aí uma ótima "batalha" de interpretação entre Gable e Lancaster. O filme é dirigido pelo ótimo Robert Wise que já gritou "Ação!" para produções como "O Dia em Que a Terra Parou" (1951); "Amor, Sublime Amor" (1961); "A Noviça Rebelde" (1965): e "Jornada nas Estrelas - O Filme" (1979). Wise sabe criar cenas de muita tensão nos momentos de batalha. E a ação/tensão ocorrem, claro, na maior parte do filme dentro do submarino. Aí você pensa: "Que coisa chata, o filme todo dentro daquele cubículo!". Que chato, nada. Os diálogos e o stress dos personagens são muito bons!.
    Conta a lenda hollywoodiana que foi Gable que pediu para o personagem dele adoecer num trecho do filme porque ele "não conseguia" interpretá-lo de forma que não fosse "dominadora". Talvez isso até tenha ajudado na "batalha" com Lancaster. 
    E é o personagem de Burt Lancaster que define bem a personalidade do "rival". Já cansado de ver a obsessão do comandante pra encontrar e destruir a embarcação inimiga, colocando a vida de todo mundo em jogo, ele diz:
    "Chega de brincar com a vida de tantos homens!"

    Importante: Você pode assistir ao filme DE GRAÇA no YouTube.