Eles/elas nunca vão envelhecer. Serão jovens sempre. O alquimista Rafael Greca (DEM) os ajudou a encontrar o elixir da eterna juventude. Não ficando velhos, não precisarão de aposentadoria. 
A aposentadoria é só para os "mortais comuns". Mas se você pode fazer com que esses trabalhadores demorem mais para se aposentar (depois de uma vida de serviços prestados à comunidade) por que não "segurá-los" um pouco mais antes do descanso legalmente permitido/merecido?
Dito isso, bora lembrar que o alcaide tem os vereadores "na mão" (tipo marionete, manja?). Exemplo: Nessa quarta-feira, por 27 votos a apenas 9 (todos da oposição e os "independentes", óbvio...) a Câmara aprovou projeto de emenda à Lei Orgânica para permitir a reforma da Previdência municipal. A aprovação foi em primeiro tuno. Mas você acha que os edis não vão aprovar, em segundo turno, daqui a um pouco mais de uma semana? Um picolé de chuchu para todos os vereadores se eles recusarem o projeto do prefeito...
A justificativa da Prefeitura é que "precisa se adaptar" à reforma previdenciária feita pelo governo federal. Diga-se, em primeiro lugar, que aquilo não foi reforma. Foi deforma. Um crime contra o trabalhador. Há quem afirme que essa reforma de Curitiba é "opção política" e não cumprimento de "alinhamento" com a União. Bora lembrar que, em 2017, na gestão anterior de Greca, um outro pacotaço já adequou a alíquota em caso de déficit atuarial. Também houve a instituição do regime complementar da Previdência.
No "pacote de bondades" de agora, que o prefeito e os vereadores querem empurrar em cima dos servidores, dá pra destacar:
Aumento de idade para se aposentar: homens passam de 60 anos para 65 e mulheres de 55 para 62 anos. Magistério: Professores de 55 para 60 anos e professoras de 50 para 57 anos.
Na defesa das mudanças, o líder de Rafael Greca, vereador Pier Petruzziello (PTB), usou o "terror": Disse que se não forem feitas alterações, em 3 anos a Prefeitura não terá mais dinheiro para pagar as aposentadorias. Também "bateu pesado" no ex-prefeito e deputado federal Gustavo Fruet (PDT): Afirmou que Fruet deixou de repassar 500 milhões de reais para o IPMC - Instituto de Previdência do Município de Curitiba.
Aguardamos o pronunciamento do ex-prefeito...
A vereadora Carol Dartora (PT) criticou com veemência o projeto de Rafael Greca:
"A reforma da Previdência enviada pelo prefeito Greca é mais um ataque na vida e nos direitos dos trabalhadores. O projeto aumenta a idade mínima para quem vai se aposentar e permite cobrança de contribuição de quem já está aposentado com salário mínimo. É uma injustiça, é um absurdo!
E tanto o Sismuc - Sindicato dos Servidores de Curitiba - quanto o Sismmac - Sindicato do Megistério de Curitiba - afirmam que essas mudanças retiram direitos de servidores e lembraram:
O funcionalismo está com carreiras e salários congelados há mais de 5 anos.
Mas para os vereadores está tudo bem. Como eles nunca vão envelhecer e são todos bem nascidos, que não precisarão de aposentadoria para (sobre)viver, não custa nada dar uma "ferradinha básica" nos trabalhadores a pedido do alcaide...
Veja como votaram os edis:
A FAVOR DO PROJETO:
Alexandre Leprevost (SD), Amalia Tortato (Novo), Beto Moraes (PSD), Eder Borges (PSD), Ezequias Barros (PMB), Herivelton Oliveira (Cidadania), Hernani (PSB), Indiara Barbosa (Novo), João das 5 Irmãos (PSL), Jornalista Marcio Barros (PSD), Leonidas Dias (SD), Marcelo Fachinello (PSC), Mauro Bobato (Pode), Mauro Ignacio (DEM), Nori Seto (PP), Oscalino do Povo (PP), Osias Moraes (Republicanos), Pastor Marciano Alves (Republicanos), Pier Petruziello (PTB), Sabino Picolo (DEM), Sargento Tania Guerreiro (PSL), Serginho do Posto (DEM), Sidnei Toaldo (Patriota), Tico Kuzma (PROS), Tito Zeglin (PDT), Toninho da Farmacia (DEM) e Zezinho do Sabará (DEM).
CONTRA O PROJETO:
Carol Dartora (PT), Dalton Borba (PDT), Denian Couto (Podemos), Marcos Vieira (PDT), Maria Leticia (PV), Noemia Rocha (MDB), Professor Euler (PSD), Professora Josete (PT) e Renato Freitas (PT).
AUSENTES:
Flavia Francischini (PSL) e Salles do Fazendinha (DC).
