terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

MORO "JOGA POR UMA BOLA"

    


    A última pesquisa CNT para a Presidência da República mostra para Sergio Moro (Podemos) que uma eleição não é tão fácil quanto vestir uma toga e bater o martelo. Aqui, os "juízes" são os eleitores. Em todo o país, segundo o TSE, são aproximadamente 150 milhões de pessoas aptas a votar.
    E o "julgamento" que o eleitorado está fazendo do ex-juiz (considerado suspeito pelo STF) não é nada bom. De acordo com o levantamento CNT, 58,2% dos entrevistados afirmaram que não votariam nele de jeito nenhum. O atual presidente, Messias (PL), tem rejeição de 55,4%, e Lula (PT), que lidera a corrida presidencial em todos os cenários, tem a menor rejeição, 40,5%.
    As pesquisas, no geral, mostram que, quanto mais o povo conhece quem é Moro, a vontade de votar nele vai diminuindo. Isso apesar do esforço feito (ainda) por parte da imprensa mofada, conservadora, que insiste em passar a (ultrapassada) imagem de "isentona". Alguns jornalistas moristas ainda "lutam no front" pra tentar sustentar a candidatura do ex-ministro da Justiça do Geno.
    Intenção declarada de voto ele tem míseros 4,8%. Tá empatado com o Ciro Gomes (PDT). O chefe do Palácio do Planalto aparece com 25,6% e o ex-presidente Lula com 39%.
    Já que o Brasil é o país do futebol, façamos, minha amiga/meu amigo, uma analogia com o esporte mais popular. A eleição vai ser em menos de 8 meses. Moro vai se manter "em campo" até lá? O prazo para o registro de candidaturas é 15 de agosto. Tempo tem... pra ele mudar de ideia e, quem sabe, sair para deputado federal. Pra senador seria "arriscado". Esse ano só vai ser renovada uma vaga no Senado em cada estado. E se ele estiver pensando em imunidade parlamentar...
    Com o apoio de eleitores moristas e de jornalistas e patrões "lavajatistas", o ex-juiz sonha em ganhar, como se diz, "jogando por uma bola". Quem sabe uma denúncia "bombástica" de última hora contra Lula ou contra o Messias. 
    O jurista Lenio Streck ainda lembrou de uma outra "figura futebolística": Pra marcar o "gol do título", Moro precisaria contar com a ajuda do "morrinho artilheiro".
    Não basta, portanto, só uma bola.... é preciso "combinar" com o adversário e com a torcida contrária.
    Esta, desde o começo, é maioria no país.