"Nunca houve ditadura em nosso país. Quem inventou isso foi a esquerda. Ditadura houve em Cuba, Venezuela e ocorre até hoje, que ganharam o governo na bala, matando quem era contra. No Brasil, houve um regime militar a pedido do povo, porque estava esculhambada a nossa gestão, uma roubalheira generalizada. Os únicos que dizem ser torturados foi quem mereceu ser torturado, que eram guerrilheiros, terroristas, que explodiam banco, saqueavam, roubavam. Esses mereciam sim e acho que foi pouco ainda. Eu vivi nesse regime militar e a gente vivia bem, obrigado!".
Ricardo Arruda, deputado estadual (PL)
"Deputado que diz que não houve ditadura deveria ser torturado pra saber o que é tortura. É uma vergonha, deputado Arruda, o que o senhor fala naquela tribuna, porque o senhor nunca teve coragem de enfrentar a ditadura. Sempre foi cômodo, arrumadinho, encostadinho, calminho e aí faz o papel de herói na tribuna. Nós conhecemos os estudantes que foram mortos, posteriormente, inclusive em Londrina. Nós não podemos aceitar que a tribuna sirva para que façamos apologia à tortura".
Tadeu Veneri, deputado estadual (PT)
O "couro comeu" na sessão dessa segunda-feira, 25.
Os dois deputados ainda precisaram ser separados porque partiram pro "bate boca" no plenário.
Arruda é empresário e foi presidente do Banco Comercial. É ligado à Igreja Mundial do Poder de Deus, onde prestou consultoria financeira. Foi reeleito em 2018 com aproximadamente 28 mil votos.
Veneri fez carreira como bancário no Banco do Brasil. Começou a militância política no movimento sindical. Foi reeleito em 2018 com 69.320 votos.
Óbvio que Veneri foi irônico quando afirmou que "quem diz que não houve ditadura deveria ser torturado pra saber o que é tortura". Digamos que o parlamentar estava "P. da vida" com a fala do "colega" na tribuna.
E o Arruda foi, no mínimo infeliz ao falar que "só foi torturado quem mereceu ser torturado".
Ditadura nunca mais!
Tortura nunca mais!
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