segunda-feira, 4 de abril de 2022

DIÁRIO DA PROVÍNCIA: DELEGADOS DE POLÍCIA EM "PÉ DE GUERRA" CONTRA RATINHO JUNIOR

    


 Os delegados da Polícia Civil do Paraná estão na bronca (e bota bronca nisso!) com o governador Ratinho Junior (PSD). Em assembleia realizada em Curitiba, na sexta-feira, a Associação e o Sindicato dos Delegados aprovaram uma pauta de reivindicações e de protestos contra o Palácio Iguaçu. A maior reclamação é a defasagem salarial da categoria.
    De acordo com texto publicado no site da Adepol - Associação dos Delegados de Polícia do Paraná - os salários dos delegados estão defasados "em mais de 30%". Segundo os policiais, o investimento do atual governo em Segurança vem diminuindo a cada ano. Em 2018 era de 1,30% do orçamento do Estado e, agora, estaria em 1,18%.
    A Adepol informou, ainda, que o Rio Grande do Sul é o estado que mais investe em Segurança Pública na região sul. Projeção gaúcha para 2022: R$ 1.202.614.254,00. Santa Catarina: R$ 866.490.890,00 e o Paraná com R$ 600.722. 314,00.
    Diante disso, os delegados publicaram um documento decidindo:

    1. Na forma da regulamentação existente, cumprir estritamente a jornada legal de trabalho de 40h semanais, sendo que os servidores policiais civis gozarão, integralmente, de seu período de descanso;
    2. Não programar nenhuma operação de repressão qualificada nos próximos 30 dias, com exceção daquelas que sejam urgentes; 
    3. Não aderir a nenhuma força tarefa mesmo que com diária extra-jornada, sendo que aqueles que já aderiram, quando possível, renunciarão à inscrição e solicitarão a suspensão da força tarefa, procedendo a devolução dos valores eventualmente recebidos;
    4. Não fornecer entrevistas e indicar que, por determinação do DPC, os meios de comunicação devem procurar a Assessoria de Imprensa; 
    5. Intensificar publicações em mídias sociais de valorização da classe; 
    6. Na forma prevista no art. 6, inciso I do Código de Processo Penal, ao tomarem conhecimento da prática de infração penal, nas hipóteses que entenderem necessário, notadamente em crimes graves e contra a vida, imediatamente deslocarão, pessoalmente, até o local dos fatos, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais, mesmo que tal ato resulte em eventual demora na formalização de outros atos de polícia judiciária, como flagrantes e pedidos de medidas protetivas 
    7. As comunicações com as Autoridades Policiais deverão ser realizado pelos meios oficiais próprios disponibilizados pelo Estado do Paraná, devendo ser rechaçadas comunicações informações ou por meio de aplicativos de mensagens em telefones pessoais dos servidores; Tais medidas visam restabelecer a plena aplicação da legislação penal e processual penal.