Os campeonatos estaduais chegaram ao fim em 2022. Os regionais (ou "ruralzões" como alguns gostam de dizer) duraram 3 meses e movimentaram times de todo o interior do país. No passado, eram "glorificados", hoje - pra grande parte da mídia do Eixo do Mal (e pra quem perde...) são menosprezados.
Curioso esse comportamento da "grande" crônica do país. Diz que o estadual "não serve pra nada", que "atrapalha" o calendário do Brasileiro e da Libertadores, que "força" os times a se prepararem fisicamente de uma "forma acelerada" logo no começo do ano (quando essa preparação poderia ser mais compassada nos 3 primeiros meses). Ou seja, pede que o estadual "acabe". Mas aí o cronista "se explica": "Péraí...não estou pedindo que acabe..."
Essa mesma imprensa (que tanta "sarrafada" dá nos torneios regionais) fica 2 ou 3 horas discutindo os jogos depois de cada rodada: Quem jogou bem, quem jogou mal, qual técnico vai "emplacar", qual treinador "pode cair"...Afirma que os campeonatos estaduais são um "entulho", mas que servem para "dar um rumo" paras as equipes no ano... Então...pra alguma coisa serve, né?!
Claro que toda competição tem importância. Algumas mais ou algumas menos. É que essa crônica só pensa futebol para 4 clubes de São Paulo e 4 clubes do Rio de Janeiro. Mas o futebol no Brasil não é só para 8 times como eles querem. Se fosse assim, deveriam fazer um eterno Rio-SP e o "restante" do país disputaria o Brasileirão...
Campeonato em cada estado tem importância, também, para a manutenção (de um jeito ou de outro) de times de cidades menores, de municípios pequenos. É a existência e a sobrevivência de clubes que ajudaram e ajudam a revelar novos jogadores.
Você acha, por exemplo, que Pelé, o maior jogador da história do futebol, o Rei, começou no gigante Santos? Não! Ele começou lá no modesto Bauru Atlético Clube.
E, obviamente, campeonato estadual só é "ruim" pra quem perde. Seja jogador, técnico, cartola ou torcedor. Daí não vale nada...
Como diria minha saudosa avó:
"Quem desdenha quer comprar!"
