quarta-feira, 11 de maio de 2022

JORNALISTA É MORTA COM UM TIRO NA CABEÇA ("AH, MAS ERA PALESTINA...")

    


    Uma jornalista, Shereen Abu Aqleh, no exercício do seu ofício, foi morta com um tiro na cabeça. Foi durante a cobertura do ataque israelense ao campo de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
    Uma tragédia para a família, claro, e para a imprensa mundial. Mas no ocidente (onde muita, muita...) gente tem preconceito contra o bravo e querido povo palestino, vão dizer: "Ah, mas era uma repórter desconhecida...nem era americana, inglesa ou francesa". Como se uma morte precisasse de "selo de importância"...
    O preconceito pode ferir tanto quanto uma bala.
    Leia o relato que a psicóloga e escritora Rima Awada Zahra, que é natural do Líbano e mora em Curitiba, fez na rede social:

Shereen Abu Aqleh, a jornalista que entrou em nossas casas, transmitindo a voz dos palestinos e denunciando corajosamente, por anos, as invasões, demolições, e assassinatos que acontecem nas vilas e acampamentos da Palestina .
Shereen Abu Aqleh, como todos os jornalistas palestinos, não é apenas uma repórter correndo risco na linha de frente. Percorreu cada vilarejo na palestina que sofre com a violência sionista e salvou vidas, mesmo sabendo que cada denúncia poderia custar a sua.
E custou. Foi baleada na cabeça enquanto cobria o ataque israelense ao campo de Jenin, na Cisjordânia ocupada.
Hoje, quero ficar com a beleza humana e com a verdade que sai do olhar doce e incansável de Shereen. Um coração dos mais impressionantes, um amor a céu aberto em oposição ao regime de apartheid e limpeza étnica que massacra diariamente seu povo.😞
O amor e a entrega de Sherren foi derramado em solo fértil. Seguiremos regando e plantando sonhos e histórias de esperança nesse mundo que tirou sua vida.
Obrigada por ser exemplo em mim há tanto tempo e para sempre.
Descanse em paz, Sherren!