Há um "código de ética" dos jogadores de futebol: Não comemorar gol quando é marcado contra o ex-time deles, principalmente se foi a equipe onde foram formados. É a clássica imagem: Manda a bola pra rede, sai correndo e /ou andando, levanta os braços e pede pra não ser abraçado pelos companheiros que estão eufóricos com o gol.
Mas com Paulo Henrique Ganso parece ser diferente. Agora no Fluminense, foi à Vila Belmiro ("a Vila famosa", como diria o velho radialista...) e foi vaiada pela torcida santista antes, durante e depois da partida. Bora lembrar que Ganso defendeu o Santos naquele time que tinha, também, por exemplo, Neymar e Diego Ribas.
Ao fazer um gol de pênalti, PH não teve dúvida: Correu para a torcida do Santos e fez um gesto de maestro como se estivesse "regendo" os torcedores. Entrevistado depois do jogo, Ganso foi irônico:
"Não provoquei a torcida, não! Foi uma retribuição do carinho que recebo aqui. Fui vaiado, mas faz parte. Quem sabe um dia eu volte aqui pra Vila e a gente fique junto outra vez."
PH Ganso, jogador que não segue "nutellagens". Jogador dos bons tempos da "provocação sadia". Jogador raiz.
