Professora, filósofa, astrônoma, matemática. Ela tomou gosto por esses estudos através do pai, Teón de Alexandria. Também é considerada uma das primeiras ativistas feministas que se tem conhecimento na história. Por não aceitar se converter ao cristianismo foi assassinada por uma turba de cristãos enlouquecidos. Eles a apedrejaram e o corpo foi desmembrado e queimado numa fogueira.
O filme Alexandria (2009) conta a história dessa mulher, Hipátia, que viveu de 355 a 415. É uma produção espanhola dirigido por Alejandro Almenábar. Ele ganhou o Oscar de filme estrangeiro (hoje "internacional") com Mar Adentro em 2004. A atriz inglesa Rachel Weisz faz o papel principal em Alexandria.
Hipátia viveu numa época em quem o Egito (em particular Alexandria) vivia um "caldeirão religioso": Boa parte dos habitantes praticavam o paganismo com cultos politeístas (adorando vários deuses); outros eram judeus ; e o número de cristãos aumentou muito.
Foi uma espécie de "milícia cristã" que matou a filósofa.
Curioso que naquela época estavam discutindo se a Terra era o centro do universo; se o Sol girava em torno da Terra; se a Terra era plana ou redonda. Já naquele tempo, Hipátia procurou demonstrar que o nosso planeta formava uma elipse ao girar em torno do Sol.
E foi só no século 17 que o matemático e astrônomo alemão Kepler publicou as leis do movimento planetária e deu crédito para Hipátia como a precursora do estudo.
Por tratar de religião e ciência (lá vamos nós outra vez!) o filme foi proibido no Egito e teve problemas de distribuição na Itália e nos EUA por se referir aos cristãos como, digamos, "vilões" da história.
Hipátia tinha conhecimento e personalidade. No momento mais difícil da vida dela - quando os cristãos dominavam Alexandria - perguntaram:
--- "Você acredita em Deus?"
Hipátia respondeu:
--- "Eu acredito na filosofia".
* O filme está disponível no Now. Merece ser visto não apenas uma, mas duas ou três vezes.