Amigos e amigas navegantes das ondas tempestuosas da internet: O ministro da Educação, senhor Camilo Santana (PT), deveria ter embarcado num jatinho do governo e viajado à Blumenau assim que soube da chacina de crianças numa creche da cidade.
Mas o que fez Camilo? Ligou para o governador Jorginho Mello (PL) para se solidarizar com as famílias das 4 crianças mortas e afirmar que "está acompanhando as investigações". É pouco, muito pouco para um ministro que tem a missão hercúlea de recuperar a educação destruída nos últimos 4 anos. Tinha que estar lá na cidade catarinense! É muito comodismo da autoridade pública.
Ponto positivo: O governo Lula (PT) anunciou um decreto interministerial para a instalação de um grupo de trabalho que discuta uma política nacional de combate à violência nas escolas.
Mas isso precisa ser debatido logo e aprovado com urgência. E será que professores e alunos terão representantes nesse grupo? Terão voz?
Por enquanto, de prático, quem apresentou alguma coisa foi outro ministro: Flávio Dino (PSB), da Justiça e Segurança Pública. Ele disse que serão destinados 150 milhões de reais para ajudar nas rondas policiais escolares em todo o país. Mas é preciso fiscalizar pra ver se esse dinheiro vai chegar lá, na ponta, na viatura e nas duplas de "Cosme & Damião" que fazem as rondas.
Enquanto isso, no conforto do ar condicionado do gabinete em Brasília, Camilo Santana tem demonstrado mais preocupação com reuniões com fundações e quetais pra discutir o novo ensino médio. Novo ensino médio - suspenso por Lula - que interessa só aos grupos particulares que trabalham com educação.
