Falam tanto em "liberdade", "liberdade de expressão", "direito de ir e vir"....mas, em verdade, é ao contrário. Foi o que aconteceu no encontro da extrema-direita em Balneário Camboriú nesse fim de semana.
Uma repórter da CNN Brasil, que estava no local para trabalhar, cobrindo o evento, foi hostilizada. Impedida de exercer a atividade profissional dela. Foi expulsa do local. A direção do encontro disse que "repudia veementemente toda e qualquer forma de agressão aos profissionais de imprensa".
Mas isso depois (depois!) de o apresentador do encontro insuflar os participantes afirmando "Temos um petista aqui. Mas não é um petista qualquer. É da CNN!"
A emissora de televisão divulgou uma nota:
"A CNN Brasil considera esse tipo de atitude uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão e não se intimidará em realizar sua cobertura, apartidária e sem viés ideológico."
A presidente da ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, Kátia Brembatti, também se manifestou:
"É inadmissível a hostilidade direcionada a jornalistas em eventos públicos. São profissionais que estão ali trabalhando, não porque são favoráveis ou contrários a algum partido, mas para cumprir a missão de levar informações à sociedade. Quando ocorrem situações como as registradas por dois dias seguidos em Balneário Camboriú, autoridades e organizadores devem se posicionar claramente em defesa da atuação de jornalistas e não incentivar ataques".
Bora Pensar! Quando o inelegível estava no poder, o que ele mais fazia era tentar intimidar/censurar jornalista. Quando não gostava da pergunta, ele jogava o gado contra os profissionais de imprensa.
Curioso eles agirem dessa forma. Afirmam que o Brasil precisa de "liberdade", mas fazem de tudo pra impedir que haja liberdade de imprensa. E não é só: Quando a pessoa pensa diferente deles (eles pensam?), a "sufocam", agridem com palavras, gestos ou mesmo fisicamente.
Ainda bem que, a partir de 1º de janeiro de 2023, o Brasil voltou a respirar ares democráticos.
* A imagem desse texto é do momento em que a jornalista é expulsa do congresso conservador. Essa é uma "tática da extrema-direita": Todo mundo "saca" o celular e alguém grita: "Vâmo filmá pra colocá nas rede (sic) social!"
