Depois de toda tragédia vem a ... imprensa! Óbvio que o que é notícia precisa ser noticiado. Normal e, diria, obrigatório. A "questã" é : De que maneira informar. Em situações como essas, os urubus sensacionalistas são os primeiros a pousar.
Também tem aquela: Não é tudo aquilo que o repórter perguntou nem tudo o que o entrevistado respondeu que se vai colocar no ar. Para isso existe um jornalista chamado editor. É ele que escolhe os trechos que irão ser divulgados. E, no caso do repórter, se ele estiver ao vivo, aí tem que tomar cuidado redobrado com o que pergunta e como se comporta na entrevista.
É o caso da queda do avião de pequeno porte na cidade de São Paulo, nessa sexta-feira. Morreu o piloto e o dono do avião. E a aeronave caiu numa avenida e acertou a traseira de um ônibus. Felizmente, no busão ninguém morreu. Mas o motorista ficou traumatizado e , com certeza, vai precisar de tratamento psicológico.
Aí entrou uma repórter da Globomils (como diria o Paulo Henrique Amorim) e decide "apertar" o motorista do ônibus. Ele estava, naturalmente, muito abalado, chorava, mal conseguia responder às perguntas dela. Mesmo assim, a profissional insistia em querer saber detalhes.
O motorista conseguia apenas dizer: "Eu não sei... eu não sei".
Empatia, a gente não vê por aqui.
Depois que as empresas de comunicação passaram a destroçar o sentido de jornalismo demitindo empregados experientes e qualificados e mantendo e/ou contratando profissionais sem qualificação e experiência.
Grandes empresas, pequenos salários.