A ideia é interessante. O roteiro é do próprio Tom Hanks. E trata-se um um fato real: As batalhas no Atlântico Norte entre esquadras americanas, que protegiam navios cargueiros e tropas que cruzavam o oceano, para combater o nazismo na Segunda Guerra. A história do filme se passa em 1942. Em "Greyhound - Na Mira do Inimigo" (2020), Hanks é o comandante militar de um desses navios de escolta. A missão dele é mandar cargas de profundidade e tiros de canhões em submarinos alemães.
Os sinais de que o filme "faz água": A produção parece ser "preguiçosa". Boa parte da ação acontece na frente da tela de um radar ou na ponte de comando do navio. Aí é gritaria, correria, quando o inimigo se aproxima e ordens pra mandar bala. A produção parece que não quis "botar a mão no bolso". Com essa história em mãos, a película poderia ter sido um épico sobre a guerra. Mas toda a filmagem é de noite ou em dias muito cinzas. Cinza escuro. Tem todo aquele jeitão de que não quiseram gastar muito e as cenas (quase todas) de batalha e da esquadra "singrando" o Atlântico, são visivelmente feitas em computador.
Com isso, se desperdiçou o talento de Tom Hanks (que faz um capitão muito religioso que recita, para ele mesmo, a bíblia, nos momentos mais tensos e se ajoelha pra rezar antes de dormir...) e da ótima Elizabeth Shue que faz a namorada dele. Shue só aparece no começo e ela reaparece - na mesma cena - em alguns pensamentos do personagem de Hanks.
Um filme feito para a TV. Quando essa definição representava filmes de baixo orçamento e mal produzidos.
Pena que o filme do heroico Tom Hanks afundou.
* Disponível no streaming Apple TV.