De vez em quando o Brasil recebe a visita de artistas de cinema. Já foi mais frequente nos anos 30, 40 e 50. O playboy milionário Jorginho Guinle (1916-2004), herdeiro - entre outros negócios - do hotel Copacabana Palace, era uma espécie de "embaixador" brasileiro em Hollywood de onde trazia astros para, principalmente, brincar o carnaval no Rio de Janeiro.
Essa "mística" do hotel ficou para quem trabalha no cinema americano. Quem vem de lá pra cá normalmente se hospede nesse lugar. É o caso, nessa semana, de Naomi Watts. Ela as colegas Sarah Paulson, Niecy Nash e Kim Kardashian (!) vieram ao país, a convite do streaming da Disney, pra divulgar a nova série "Tudo é Justo" ("All's Fair").
As atrizes desembarcaram no Galeão nessa segunda-feira, 10. E foi só pisar no Copa que Naomi Watts, simpática, já quis mandar uma saudação aos brasileiros. Na rede social, colocou uma foto da praia com uma mensagem ao lado de uma bandeirinha do Brasil:
"Hola, Brasil!!!"
Ela trocou o "oi" em português pelo "hola" em espanhol.
Um pequeno engano? Ou desconhecimento, mesmo? Se você pensar que uma grande parte de quem mora nos Estados Unidos pensa que do México para baixo só se fala espanhol...
Mas Naomi está perdoada.
Em primeiro lugar por ser uma grande atriz. E simpática!
Depois, por ter uma carreira profissional interessante. Sim! Ela faz o cinemão e as séries comerciais. É só lembrar da versão de "King Kong" em 2005 e de "O Impossível" (2012, sobre o tsunami na Ásia em 2004). Mas também, sempre que possível, faz filmes independentes e alternativos.
Basta lembrar que ela trabalhou em dois filmes de David Lynch: "Cidade dos Sonhos" (2001) e "Império dos Sonhos" (2004).
Lynch (1946-2025) era um mestre dos filmes surrealistas e com realismo sombrio. Obras com atmosfera perturbadora. O lado bizarro (e muitas vezes ameaçador!) da tradicional vida americana.
Seja bem-vinda, Naomi Watts! Oi, hi, hola...
