[ O que está em jogo na Venezuela] "O princípio da não intervenção e o respeito à soberania. Também está em jogo outro princípio inscrito na Constituição: a solução de conflitos pelo diálogo e pela negociação pacífica. O Brasil não pode aceitar um projeto de "mudança de regime" patrocinado pela maior superpotência, baseado em uma concepção ultrapassada de "segurança hemisférica" ou numa reedição da doutrina de Monroe, objeto de referências laudatórias do primeiro Secretário de Estado norte-americano no governo Trump, Rex Tillerson. Isso não significa isentar de críticas o governo Maduro. Mas uma mudança imposta ou estimulada de fora, inclusive com a ameaça do uso da força – para não falar das outras sanções, que só sacrificam o povo – é ilegítima e inaceitável. Hoje é lá, amanhã pode ser aqui."
Celso Amorim, comentando a (possível) intervenção dos EUA na Venezuela. Amorim foi ministro das Relações Exteriores nos governos de Lula e ministro da Defesa no governo Dilma. No governo de FHC foi embaixador na ONU, em Londres e em Genebra. Falou em entrevista ao blog do Jamil Chade.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.