A reportagem é do jornal O Globo: um delator entregou à Justiça, fotos da "pool party" do ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) com empresários num hotel de Miami, nos Estados Unidos. Festerê regado a espumante e morangos.
Mas como as autoridades tiveram acesso a essas fotos e o que elas dizem? Um ex-funcionário de Richa - que acertou uma delação premiada com o Ministério Público Estadual (já homologada pela Justiça...) apresentou as fotos que mostram o tucano ao lado de empresários que tinham contratos com o governo do estado. Todos estão curtindo a piscina do Hotel Delano, onde as diárias variam de 2 mil a 14 mil reais.
Quem entregou as fotos? Maurício Fanini, ex-diretor da Secretaria de Educação, preso desde 2017 na Operação Quadro Negro, que investiga o desvio de 20 milhões de reais, verba que SERIA para a construção e reforma de escolas.
Os promotores "mergulharam" na investigação da festa na piscina, pra saber se os "aquamen" estavam comemorando com as "sobras" do caixa clandestino que a administração do ex-governador do PSDB mantinha com a propina que recebia dos empresários. Grana que teria financiado, inclusive, a campanha de Richa.
A viagem, segundo Fanini, teria ocorrido em novembro de 2014 - com passagens pelo Caribe e Aruba, isso logo depois da reeleição do então governador. Estavam no "tour" de Richa, Fabrício Macedo (amigo do ex-governador, contra o qual não consta acusação); Guilherme Michaelis (então executivo de uma concessionária de pedágio); os empresários Carlos Gusso e Eron Cunha.
Outro delator, dono da Construtura Valor, Eduardo Lopes de Souza, disse ter dado 20 mil dólares para Fanini gastar na viagem. Segundo Souza, o dinheiro foi para "comemorar a vitória na eleição".
O QUE DIZEM OS "EVOLVIDOS"
Advogado de Beto Richa, Walter Bittar, afirmou que o tucano já explicou o que aconteceu: a viagem não foi organizado por ele e que estava lá "num grupo de grandes amigos" para "descansar". Sobre Fanini: O ex-governador disse que já foi amigo do delator, mas que se decepcionou com ele. O ex-diretor da Secretaria de Educação, segundo Richa, apresentou "informações levianas" para fugir "das garras da Justiça".
Carlos Gusso, dono da Risotolândia (empresas que fornece marmitas para presídios e escolas estaduais), garantiu que se tratou de um "encontro familiar" e que cada família pagou sua parte.
Quanto aos outros envolvidos, o jornal carioca noticiou que não conseguiu contato com eles.
A "FESTA DOS GUARDANAPOS"
Essa "pool party" de Miami lembra outra festança de políticos: a "farra dos guardanapos" num restaurante de Paris, "capitaneada" pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que reuniu ex-secretários e empresários. Essa festa seria pra comemorar a indicação do Rio como sede da Olimpíada de 2016.
A "ressaca" da comemoração foi grande: Cabral está condenado a mais de 100 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Outros festeiros também tiveram problemas com a Justiça.
A "FARRA DOS GUARDANAPOS" EM PARIS
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