domingo, 24 de março de 2019

"QUIPROCÓ" NO COMANDO DA "FOLHA DE S. PAULO"

    Em seis meses, a "Folha" mudou de diretor de Redação duas vezes. Com a morte, em agosto de 2018, do então diretor Otavio Frias Filho, a irmã dele, Maria Cristina, assumiu o comando do jornal. Ficou quase meio ano no cargo. Agora, quem dá as cartas para os jornalistas é o ex-editor-chefe, Sérgio Dávila. 
    Motivo da mudança: os acionistas queriam, desde o ano passado, implantar cortes de gastos pra manter, digamos, o jornal "financeiramente saudável". Segundo a ombudsman da "Folha", Paula Cesarino Costa, Maria Cristina estaria resistindo a essas mudanças. 
    Aí, o irmão dela, Luis Frias, presidente do jornal, e a viúva de Otávio, Fernanda Diamant, decidiram destituir Maria Cristina do cargo. Dávila assumiu o posto agora, em março.
    Segundo o novo diretor, a linha editorial/política da "Folha" não vai mudar:
    "A linha editorial do jornal está blindada contra pressões de governo ou de ordem econômica.(...) A Folha é um dos poucos veículos que não têm dívidas,e isso precisa continuar, justamente para a preservação da linha editorial  criada pelo Otavio.(...) O risco de contaminação do comercial com o editorial é zero."
    Dávila também lembrou de uma "lição" deixada por Octavio Frias de Oliveira, que morreu em 2007, [criador da chamada "Folha moderna"] e pai de Otavio, Luiz e Maria Cristina: "Não existe independência editorial com empresa deficitária, ameaçada por credores". Ainda: "Dinheiro não aceita desaforo".
    


SÉRGIO DÁVILA: "A LINHA EDITORIAL ESTÁ BLINDADA"

    
    

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