Motivo da mudança: os acionistas queriam, desde o ano passado, implantar cortes de gastos pra manter, digamos, o jornal "financeiramente saudável". Segundo a ombudsman da "Folha", Paula Cesarino Costa, Maria Cristina estaria resistindo a essas mudanças.
Aí, o irmão dela, Luis Frias, presidente do jornal, e a viúva de Otávio, Fernanda Diamant, decidiram destituir Maria Cristina do cargo. Dávila assumiu o posto agora, em março.
Segundo o novo diretor, a linha editorial/política da "Folha" não vai mudar:
"A linha editorial do jornal está blindada contra pressões de governo ou de ordem econômica.(...) A Folha é um dos poucos veículos que não têm dívidas,e isso precisa continuar, justamente para a preservação da linha editorial criada pelo Otavio.(...) O risco de contaminação do comercial com o editorial é zero."
Dávila também lembrou de uma "lição" deixada por Octavio Frias de Oliveira, que morreu em 2007, [criador da chamada "Folha moderna"] e pai de Otavio, Luiz e Maria Cristina: "Não existe independência editorial com empresa deficitária, ameaçada por credores". Ainda: "Dinheiro não aceita desaforo".
SÉRGIO DÁVILA: "A LINHA EDITORIAL ESTÁ BLINDADA"
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.