Muitos veteranos voltam de uma guerra com graves problemas mentais por causa de todo tipo de atrocidade que veem no campo de batalha. Não é esse o caso. Quatro amigos que foram muito mais do que um "destacamento" - e sim, uma irmandade, retornam ao Vietnã em busca dos restos mortais do líder deles e de um tesouro enterrado em algum lugar. Problemas eles enfrentam nesse regresso, em tempos de, digamos, paz...
Detalhe: Os veteranos (assim como o líder deles que tombou trocando tiros com vietnamitas) são todos negros. Esse é o ponto de partida da história dirigida por Spike Lee na produção para a Netflix. Sim, é um filme que bate muito na questão do preconceito ("a linha de frente dos EUA na guerra era formada por negros"), mas também fala em cobiça, ganância.
Dá pra dizer assim: os personagens principais são vítimas de toda aquela situação ("essa guerra não é minha e luto por direitos que não são meus"), mas também não são "heróis". São pessoas comuns com acertos, erros e medos.
Mas no que mais esse filme de Lee não "alivia" é a questão do preconceito. Com ele não tem "discurso moderado" nem "conciliatório" nem "papinho pela igualdade". Ele sabe que os negros só vão conquistar seu lugar ao sol (seja nos EUA, no Vietnã, no Brasil ou em qualquer outro país) com muita luta.
Importante: Esse foi um dos últimos filmes de Chadwick Boseman. Uma participação pra variar, fundamental. O personagem dele "costura" toda a história.
Afinal, "Black Lives Matter".
Fica a dica!