terça-feira, 3 de novembro de 2020

YUCATÁN: O CRUZEIRO DOS LOUCOS

    


    Um cruzeiro entre a Espanha e as Américas (passando pelo Brasil...) tendo a bordo um simpático velhinho que ganhou um prêmio milionário e uma quadrilha de malandros querendo roubar toda a grana do sujeito que era um padeiro pobre. Esse é o "mote" de Yucatán, comédia espanhola de 2018.
    O luxuoso navio singra as águas do Atlântico e a turma que quer dar o golpe é bem caricata: Lá está o pianista cafajeste (Rodrigo de La Serna); a bela cantora e dançarina (Stephanie Cayo); e o passageiro pilantra (Luís Tosar). A vítima é um idoso - que todo mundo queria ter como avô - (Joan Pera). Mas ao time de malandros vão se somando outros pilantras (a princípio, acima de qualquer suspeita...) a medida que o transatlântico viaja.
    É uma comédia tresloucada, mas honesta naquilo que vende. No Brasil, o navio chega ao Recife. As locações foram aqui mesmo. Às vezes, por uma questão de economia, a produção de um filme simula determinada cidade ou país pra economizar e não precisar se deslocar pra tão longe. Não é o caso de "Yucatán". Foram feitas gravações, além do Brasil, em Marrocos e no México (daí o título do filme...) e, obviamente, na Espanha.
    Enquanto "la nave va", conhecemos outros personagens igualmente caricatos: Lá estão os genros folgados do velhinho, que só querem ficar às custas do sogrão e as três filhas que sonham com uma vida melhor de olho na dinheirama do "papá". Cenas absurdas a película tem de monte. Uma das mais inverossímeis acontece justamente no Brasil. O que o diretor Daniel Monzón quer é entretenimento, diversão e não mostrar uma história real ou passar uma lição de moral no fim do filme. Por falar nisso, o tempo da película é um pouco longo: 2h10. Mas não é "arrastado". Particularmente, acho que qualquer produção deveria ter, no máximo, 2 horas. Mais do que isso só em casos muito raros que justificassem tomar mais tempo dos espectadores.
    Aliás...a história se passa em 2008 e o final tem a ver com a situação econômica mundial daquele ano.
    Chega! Nada de spoiler!


Conversa de malandro é "papo reto": pra não perder tempo


No filme, viajar é literalmente se divertir