quarta-feira, 7 de abril de 2021

PRIVATIZADO, AEROPORTO INTERNACIONAL DE CURITIBA VAI GANHAR TERCEIRA PISTA

  



      Nessa quarta-feira foram leiloados os aeroportos do "bloco sul" do país. O vencedor foi o grupo paulista CCR que vai pagar (em prestações...) 2 bilhões e 100 milhões de reais pela concessão. Um ágio de 1.534,36% em cima do preço inicial que era de 130 milhões e 200 mil reais. 
    O Paraná é o estado com mais aeroportos privatizados, quatro: Internacional de Curitiba, Internacional de Foz do Iguaçu, Londrina e o aeroporto do Bacacheri (também na capital) mas de pequeno porte para aviação executiva. Em Santa Catarina foram ofertados o de Navegantes e o de Joinville; e no Rio Grande do Sul, de Pelotas, Uruguaiana e Bagé. Detalhe: os aeroportos de Florianópolis e de Porto Alegre já foram privatizados.
    O Afonso Pena deve receber investimentos totais de 566,2 milhões de reais nos próximos 30 anos. No "pacote de obras", o destaque é a construção da terceira pista com 3 mil metros de extensão. Isso permitirá voos diretos dos Estados Unidos e da Europa. O aeroporto das Cataratas em Foz vai receber um investimento um pouco menor: 512,3 milhões de reais. A concessão vai permitir que o terminal também ganhe uma pista de 3 mil metros de extensão. Para Londrina serão 273 milhões de reais. Obras: Ampliação da pista, construção de novo terminal de passageiros e adequação das áreas de taxiamento. O Bacacheri vai receber 43 milhões de reais para dobrar a capacidade de atendimento.

                              A EMPRESA VENCEDORA
    O grupo vencedor é o CCR com sede na cidade de São Paulo. Uma das "especialidades" da empresa é a administração de rodovias com quase 4 mil quilômetros concedidos. Fundado em 1999, tem cerca de 7.100 empregados. O dono do CCR são os grupos Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido. O diretor-presidente é Marco Antonio Souza Cauduro.
    O Paraná já "conhece bem" o CCR. Ele administra a Rodonorte, concessionária de pedágios. A Rodonorte foi uma das concessionárias envolvidas no escândalo da Operação Integração, do Ministério Público Federal. Essas empresas foram acusadas pelo MPF de pagar propina para políticos para a mudança em contratos de concessão. O total de dinheiro repassado chegaria a 35 milhões de reais.  A alteração contratual seria para "diminuir" o tamanho da duplicação das estradas, mas com o pedágio sempre subindo.... Todos os envolvidos na acusação negam irregularidades...